Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Alta e Contemporânea Culinária Chinesa Com o Uso do Chá

24 de julho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Gastronomia, Notícias, Saúde, webtown | Tags: artigo no China Daily, expressivos avanços na culinária chinesa, grande diversidade

Não se trata de novidade, mas sempre existem novas leituras criativas, como a sofisticada e delicada combinação de diversos tipos de chás na alta e contemporânea culinária chinesa. Tanto na forma de infusão como pelo uso das folhas com alimentos, nas variadas formas que são utilizadas como bebidas. A finalidade acaba sendo a mesma, ao facilitar a digestão com a absorção das gorduras. O texto completo pode ser encontrado, em inglês, nas paginas do China Daily, elaborado por Ye Jun, com ilustrações: http://usa.chinadaily.com.cn/life/2012-07/21/content_15605592.htm.

A matéria ressalta que estes pratos podem ser encontrados no Jewel Chinese Restaurant no Westin Beijing Financial Street, que conta com um menu de 16 pratos com 10 tipos diferentes de chá. O chef Cai Guangmin efetuou intensas pesquisas, absorvendo o que já havia de tradicional em diversas regiões chinesas como Hanzhou, Sichuan, Beijing, Fujian, Taiwan, sendo até objeto de pesquisas como no Departamento de Chá da Universidade de Zhejiang.

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Sea bass is steamed with Xinyang maojian tea. Photos by Ye Jun / China Daily

O artigo explica que o uso do chá apresenta algumas dificuldades, pois seus sabores costumam ser suaves e delicados, sendo difícil captar inclusive suas fragrâncias, notadamente em alimentos quentes. Evidentemente, trata-se de iguarias adequadas para paladares sofisticados, treinados para apreciar todas as suas nuances. E os seus preparos demandaram longas pesquisas.

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Salted tieguanyin (oolong) leaves are served with deep-fried shrimps at the restaurant

Alguns pratos são de peixes e utilizam chás de diversas origens e diferentes preparos, desde o verde até o preto, inclusive nas formas de folhas e algumas flores, como o de crisântemo. Alguns são mais conhecidos como o oolong e o pu’er, que podem ser encontrados em alguns estabelecimentos especializados no Brasil, notadamente em São Paulo. Mas eles acabam se diferenciando dependendo a região de sua procedência.

Estes chás também são utilizados com pratos de sabor marcado, como os que utilizam os patos, inclusive nas formas defumadas. Mas também em sopas tradicionais de frangos, que fazem parte da rica culinária chinesa. Igualmente em paladares que não são usuais no Ocidente, com o amargo-doce.

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Stewed chicken with three cups sauce and pu’er tea, served at Jewel Chinese Restaurant in Beijing. Provided to China Daily

Existem também carnes preparados no conhecido wok, que costumam ser de cozimentos rápidos, para manterem os sabores das matérias-primas utilizadas. Com o uso do chá, os pratos acabam ficando mais leves e menos gordurosos.

O chef Cai informa que os benefícios do chá nos pratos acabam sendo os mesmos das bebidas, utilizando-se também na forma de pó. Zou Jun, diretor de uma empresa especializada em chá, informa que já em 1980 havia um conjunto completo de pratos usando chá em Taiwan. Nos anos noventa foram criados novos em várias regiões chinesas.

A culinária chinesa ampliou sua influência pelos países asiáticos, por exemplo, no Japão onde são conhecidos os usos do chá combinados com o arroz, e algumas conservas ou condimentos, que acabam sendo utilizados de forma semelhante às canjas, sendo recomendados para os que estão cansados ou ligeiramente resfriados, por combinarem amidos com os efeitos benéficos do chá. São reconfortantes.

É sempre interessante relembrar que na Ásia a alimentação se confunde com os medicamentos, destinados à manutenção da saúde.


As Dificuldades da Gestão

23 de julho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: as dificuldades existentes, críticas generalizadas das gestões, experiências passadas

Se existem críticas quase consensuais sobre determinados assuntos, um deles parece ser sobre a gestão no Brasil, que além do setor público atinge também serviços privatizados. Raríssimos são os elogios formulados, até porque os que estão conseguindo resultados positivos preferem tirar partido da situação, sem alardear as razões do seu sucesso, para não serem imitados, reduzindo os méritos que eles obtêm. Muitas razões podem ser apontadas como as que determinam esta lamentável situação, mesmo reconhecendo que as experiências positivas obtidas no exterior também apresentam algumas inconveniências, não decorrendo somente da insuficiência no preparo local dos recursos humanos.

Os que administraram grandes organizações, públicas ou privadas, relatam as suas experiências mostrando que nenhum executivo pode comandar um número exagerado de subordinados diretos. Quando são obrigados a tanto por organogramas pouco racionais, acabam concentrando a atenção a uns poucos, ficando os outros com despachos eventuais. Parece ser o caso do gabinete do governo federal, que teoricamente somam algumas dezenas de ministros, mas a presidente Dilma Rousseff rotineiramente só transmite suas orientações a poucos auxiliares diretos.

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Esplanada dos Ministérios em Brasília

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Por Que Tantas Divergências Sobre o Futuro dos Emergentes

23 de julho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: avaliações sobre o Brasil e outros Emergentes, suplemento Eu & Fim de Semana, Valor Econômico

Carlos Eduardo Lins da Silva, no artigo “Brasil depois do Carnaval” publicado no Eu & Fim de Semana do Valor Econômico, enfatiza que em fins de 2009 o influente internacionalmente The Economist registrou que o Brasil decolou com sua economia. Em julho deste ano, o igualmente respeitado mundialmente Financial Times fez um diagnóstico completamente ao contrário. Os correspondentes estrangeiros teriam uma importância nos relatos que enviam para o exterior, o mesmo acontecendo com a economia chinesa e o resto do mundo. Colaboramos modestamente neste debate do Valor Econômico com o artigo “Riscos e vantagens de um país em suas emergências”, discutindo o que foi colocado por Ruchir Shama no Foreign Affair de forma pessimista com o Brasil. Isso gerou debates com experientes analistas como Shannon O’Neal, Richard Lapper, Larry Rohter, Ronaldo Lemos, entre outros, que o contrariavam em muitos pontos. Seguiram-se colocações sempre pessimistas como de Nouriel Roubini, e outras mais ponderadas como de Olivier Branchard, no artigo de Alex Ribeiro “Mundo de incertezas”, no mesmo suplemento do Valor Econômico.

O que estaria proporcionando visões tão diferentes sobre o Brasil, a China e outros países emergentes, com consequências mundiais? É evidente que sempre existiram otimistas e pessimistas, como os ideologicamente mais liberais e outros a favor de uma intervenção estatal mais acentuada, os que defendem pontos de vistas convenientes para setores como o financeiro e às atividades produtivas. Mas fica a impressão que está se acentuando as rápidas decisões coletivas que são mais movidas pela psicologia coletiva, com menos profundidade nas condições que diferenciam os diversos países envolvidos, baseados em análises mais objetivas da realidade, que são sempre difíceis mais difíceis e menos rápidas.

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Os Perigos das Generalizações

23 de julho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: o conceito dos BRICS, problemas europeus, vantagens e desvantagens

Quando se formulou o conceito de BRIC, envolvendo países tão diferentes como o Brasil, a Rússia, a Índia e a China, ao qual se adicionou posteriormente o S da África do Sul, pode ser que alguns dos países se beneficiaram ao fazer parte do grupo, como o Brasil. Mas agora parece que está sendo prejudicado pela desaceleração que se observa em todo o mundo, como se as políticas para resolverem seus problemas fossem os mesmos. Consideraram-se somente as características de serem países emergentes, de grandes dimensões geográficas, que teriam elevada potencialidade de crescimento acelerado, ainda que em situações visivelmente diferentes. Estas generalizações sempre induziram a erros de avaliação, tanto para o bem como para o mal, mesmo em revistas cuidadosas como o The Economist, comentando o fim dos sonhos dos BRICS.

O Brasil era um país com curta história com amplas fronteiras agrícolas, quando comparado com a China e a Índia antigas, como acontece agora com a África do Sul, fazendo a companhia de uma Rússia que sempre foi um dos países menos avançados da Europa, com território amplo e com inverno rigoroso no norte da Ásia. O mesmo tipo de generalização aconteceu com na União Europeia, que adotou a moeda única euro, englobando países tão diferentes como a Alemanha e Portugal, necessitando contar com a mesma política monetária e fiscal, e por consequência a cambial, sem o benefício de uma Federação, que permite minorar as discrepâncias. Exemplos destas perigosas generalizações são incontáveis, induzindo a erros dos mais variáveis.

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Preocupações Exageradas Com a Economia Mundial e Brasileira

20 de julho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: análises parciais, chinesa, economia europeia, longo artigo de Michael Pettis, norte-americana e brasileira | 2 Comentários »

Muitos analistas se preocupam, com razão, sobre a evolução da economia mundial, e um exemplo expressivo é o longo artigo do reconhecido Michael Pettis, da Universidade de Peking, que no seu site postou um longo artigo sobre o assunto, incluindo debates teóricos. Ele se preocupa com o que está acontecendo na Europa, focalizando a Espanha em particular, onde se encontra neste período, fazendo paralelos com o que acontece na China, que sofre uma desaceleração considerada perigosa para o mercado de commodities. Mas como não faz menção à recuperação da economia norte-americana nem às perspectivas de melhoria das economias como a brasileira, que reduzem algumas das preocupações, as preocupações acabam parecendo exageradas.

Como já postamos neste site, a desvalorização do dólar norte-americano e sua política de expansão monetária estão permitindo que os Estados Unidos ampliem suas exportações, inclusive de serviços, ajudando a manter um crescimento que pode chegar a 2% ao ano, nada desprezível para a dimensão de sua economia e seu impacto mundial. Ao mesmo tempo, com a geração de gás de xisto, estão conseguindo uma expressiva redução da importação de petróleo, notadamente do Oriente Médio. De outro lado, ainda que os preços das commodities em geral estejam em queda, ajudando a reduzir as tensões inflacionárias em todo o mundo, os dos agrícolas, como o milho e a soja, estão elevados, estimulando a agropecuária como a brasileira, que poderá atingir ainda neste ano um patamar de crescimento de 4%, que deve prosseguir no próximo ano. Ainda que existam muitos insatisfeitos com esta performance, para uma avaliação equilibrada, pode ser considerado satisfatório, no atual cenário mundial.

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Imprecisão dos Dados Estatísticos Chineses e Brasileiros

18 de julho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: comparações com os dados brasileiros, estimativas do PIB chinês, problemas estatísticos | 2 Comentários »

O Valor Econômico publica hoje, em português, um artigo originalmente publicado por Dexter Roberts, do Bloomberg Businessweek, comentando as dificuldades dos analistas com os dados relacionados com o PIB chinês. O assunto já teria sido colocado por Li Keqiang em 2007 e ganha maior importância, pois ele é o futuro primeiro-ministro na próxima renovação da liderança política da China. Os dados divulgados regionalmente na China podem estar viciados, pois, dentro da meritocracia daquele país, as performances dos líderes consideram os resultados obtidos nas suas administrações das províncias. O artigo informa que a correlação feita com os consumos de energia não corresponde ao crescimento de 7,6% no PIB do segundo semestre, socorrendo-se de opiniões abalizadas como da GK Dragonomics, considerada uma das qualificadas em análises sobre a economia chinesa.

Muitos analistas chineses já admitiam a precariedade dos dados estatísticos chineses, que poderiam estar superestimados, havendo um esforço para a sua melhoria com a colaboração de organismos internacionais. Mas fazendo um paralelo com os dados brasileiros, é preciso admitir que poucos analistas se dedicam à adequada compreensão de suas precariedades que, ao contrário, podem estar subestimados. Credenciados analistas brasileiros também utilizam os dados de consumo de energia, como uma “proxy” da variação do PIB, pois os mesmos estão mais rapidamente disponíveis.

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Os Chineses e a Economia de Mercado Livre

17 de julho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: igualdade com os americanos, importância da melhoria da sua situação econômica, pesquisa da Pew Research

Em artigo publicado no The New York Times, Catherine Rampell se surpreende com o resultado obtido por uma pesquisa de opinião feita recentemente pela famosa Pew Resarch Center, que costuma fazer levantamentos sobre diversos assuntos em todas as partes do mundo. Chegou-se à conclusão que três quartos dos chineses que muitos consideram ainda comunistas concordam com a afirmativa que muitas pessoas estão melhores numa economia de livre mercado, ainda que algumas pessoas sejam ricas e algumas pobres. Numa pesquisa efetuada em 2010, o resultado era de 74%, não fazendo diferença com a opinião dos norte-americanos, pois existem margens de erros, e estas pesquisas são rigorosas.

A jornalista interpreta que pode haver alguns problemas de tradução, ainda que a pergunta tenha sido formulada em mandarim e 15 outros dialetos chineses. O significado de mercado livre pode ser ligeiramente diferente, mas, admitindo-se que a tradução é boa, a autora explica que a regulação governamental da economia na China vem melhorando desde 1970.

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Crescimento das Pesquisas Científicas na China e Japão

17 de julho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: destaque da China, mudança de ritmo no Japão, publicações do Nature, ritmo de crescimento na Ásia | 2 Comentários »

Muitos analistas ainda continuam com a imagem que a China está habilitada somente para a produção de bens que são mão-de-obra intensiva, tirando partido dos seus recursos humanos abundantes e baratos. A altamente credenciada entidade Nature Publishing Group publica um novo Nature China, divulgando um índice que mostra a evolução das pesquisas científicas chinesas. No seu portal web, fornece semanalmente as informações básicas sobre as pesquisas efetuadas pelos cientistas da China continental e de Hong Kong, englobando todas as disciplinas científicas. Seus tópicos incluem biotecnologia, biologia das células e moléculas, química, medicina clínica, biologia desenvolvimental, terra e meio ambiente, ecologia e evolução, genética, materiais, neurociência, física, espaço e astronomia. Tudo pode ser acessado gratuitamente, com um mero registro, no: www.naturechina.com

No editorial que tem o título “Entrando na nova era”, o seu editor Felix Cheung ressalta que a atual crise econômica internacional está limitando os gastos em pesquisas e desenvolvimentos em países que eram superpotências nestes segmentos. A maioria entende que veem a China como o novo destaque nestes aspectos. Ela superou o Reino Unido, a Alemanha e o Japão, e tende a superar os Estados Unidos até 2022 em publicações.

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O que se ressalta é que estas pesquisas na China estão se destacando tanto em quantidade como em qualidade. Os artigos publicados estão altamente influentes nas inovações introduzidas na produção chinesa. O risco apontado no editorial é sobre a efetiva proteção da propriedade intelectual, apesar dos esforços governamentais. O índice publicado permite acompanhar a evolução destes trabalhos chineses.

No artigo publicado por David Swinbanks, diretor gerente regional do Nature Publishing Group, ressalta-se as pesquisas chinesas no contexto da região asiática, incluindo a Austrália. Apesar do Japão ainda estar na frente em 2011, o ritmo de crescimento chinês permite antever a sua superação, no levantamento feito pela Thomson Reuters, especializada no assunto das pesquisas científicas publicadas.

Informa-se que as três instituições chinesas se destacam nos artigos publicados, a Chinese Academy of Sciences, a University of Science and Technology of China e a Peking University. No Nature Publishing Index 2011 China, no www.natureasia.com/publishing-index/china estão os dados relativos a 2009, 2010 e 2011 para permitir a comparação, dividido por instituições e cidades. Com o reconhecimento que existem diversas formas de avaliar a produção científica, esclarecem que se referem às pesquisas primárias publicadas em revistas científicas sobre a vida, física, química e geociência, com limitada cobertura da ciência aplicada, engenharia e medicina clínica. Incluem as revistas como Nature Photonics, Nature Materials, Nature Nanotechnology e Nature Biotechnology.

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Novas revistas estão sendo publicadas, como a Nature Communications, Nature Climate Change, devendo cobrir o que está sendo publicado na China. Tudo isto mostra que subestimar a China, nestes setores de ponta, pode ser um engano.


Gás de Xisto na Recuperação da Economia Americana

16 de julho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo do The Economist, impactos em outras economias, importância do gás de xisto

Todos reconhecem que a recuperação da economia dos Estados Unidos é de vital importância para o mundo. O artigo publicado pelo The Economist informa que o gás de xisto (shale) está dando um grande impulso para a reativação da economia norte-americana, onde Barack Obama procura reduzir a dependência à importação de energia. Baseia-se na consagrada concepção de que nenhum país é totalmente independente se não puder cuidar da sua defesa externa, da alimentação de sua população e do suprimento da energia que necessita. A atual dependência dos americanos ao fornecimento de energia é considerada exagerada, tanto de petróleo como de gás do Oriente Médio, que apresenta riscos de instabilidade política.

As reservas de xisto tecnicamente recuperável dos Estados Unidos são consideradas entre as maiores conhecidas no mundo, segundo os US Energy Information Administration, seguindo-se às da China, mas que também existem no Canadá, México, Argentina e África do Sul, inclusive no Brasil. As técnicas mais utilizadas foram desenvolvidas por George Mitchell, conhecidas como “fracking”, injetando água com outros componentes nas reservas de xisto. Há informações que podem ser também extraídos óleos do xisto, que no passado não eram econômicos.

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Brasil Luta Para se Desenvolver com suas Contradições

16 de julho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: aspectos econômicos, fim de semana rico de exemplos, políticos e culturais, processo global do desenvolvimento

O Brasil é um país complexo, como a maioria dos países que adquirem importância internacional neste mundo cada vez mais globalizado, com o estágio já conquistado, contando inclusive com suas contradições. Facetas dos segmentos que já alcançaram avanços substanciais convivem com segmentos ainda arcaicos, amadurecimentos ao lado de jovens ousadias, o tradicional com o inovador, sempre inserido no mundo que nos cerca, que também apresenta problemas e mudanças que estão sendo processados. Abrindo os principais veículos de comunicação social deste fim de semana, como o Valor Econômico, Folha de S.Paulo, o Estado de S.Paulo bem como algumas televisões, é possível notar-se a intensa e positiva inquietude na população brasileira, que provoca dinâmicas mudanças em todo o país.

Muitos jornais passaram a incluir suplementos que os jovens consideram “cabeça”, por tratarem de assuntos que exigem um mínimo de preparo intelectual para serem apreciados, mostrando que no Brasil aumenta os componentes de uma elite de pensadores que está conectada com o que há de melhor no mundo em matéria de cultura. Estas publicações são dignas do que é divulgado nos centros mais avançados deste planeta. E também apresentam importantes aspectos das características populares locais.

A Osesp – Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, por exemplo, está se preparando para se apresentar em agosto no prestigioso Royal Albet Hall de Londres, sob a estupenda regência da Marin Alsop, com um solo do prestigiado e veterano pianista brasileiro Nelson Freire. Ao longo de quatro apresentações conjuntas, além dos ensaios, ele veio se entrosando cada vez melhor com a orquestra para interpretarem o “Momoprecoce”, de Villas Lobos, inclusive gratuitamente e a céu abeto no Parque do Ibirapuera. Marin Alsop que conseguiu o domínio completo da orquestra, no “bis” dos concertos ofereceu um empolgante frevo elaborado pelo compositor brasileiro de bossa nova, Edu Lobo, que mexe com a emoção de todos.

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Marin Alsop e Nelson Freire em apresentação da Osesp na Sala São Paulo (foto: Divulgação)

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