Ligeiro Declínio do Crescimento Chinês

26 de julho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: afetando os preços, artigo do Wall Street Journal, nada alarmante | 1 Comentário »

O mundo está sendo continuamente informado de que a economia chinesa apresenta uma ligeira desaceleração do seu crescimento que afeta de forma significativa os seus fornecedores, inclusive os do Brasil. A economia chinesa que apresentou um crescimento de 11,5% no primeiro trimestre deste ano, pouco afetada pela crise mundial, acusou um pequeno declínio para 10,3% no segundo trimestre. Mas mesmo isto já provoca alguns ajustes no mundo, dada a importância que a economia chinesa atingiu nos mercados internacionais.

A China consome 66% do minério de ferro mundial e 40% do alumínio, bem como elevados percentuais de outras matérias-primas básicas. Mas somente 3% de bens de consumo. Em junho último, houve um declínio de 15% no consumo do minério de ferro e 31% no de cobre.

A China importou menos 15% de aço no segundo trimestre

Comparado com meados de abril último, as importações chinesas de alumínio caíram em 18%, de cobre em 13%, de níquel em 27%, de aço em 15%, segundo artigo publicado no Wall Street Journal. As autoridades chinesas procuram manter o crescimento de sua construção civil, principalmente de apartamentos destinados para a sua crescente classe média baixa.

Isto é visível, por exemplo, nos arredores de Xangai, onde novos bairros gigantescos continuam sendo criados, contando já com infraestrutura como estradas e sistema de metrô. Estes investimentos continuam sustentando um elevado nível de crescimento, quando comparado com o exterior, mas mais modesto com os percentuais do passado recente dos chineses.

Mesmo esta pequena desaceleração acaba afetando profundamente seus fornecedores estrangeiros, inclusive o Brasil, ainda que isto não seja alarmante. Todos precisam estar conscientes que não existe um crescimento contínuo, sem flutuações, mesmo onde a economia continua dependendo fortemente das ações governamentais, como a China. As flutuações, ainda não tão acentuadas como no mercado financeiro, acontecem também no lado real da economia.