Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Artigos Sobre a China na Imprensa

21 de janeiro de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: críticas à China, expressões difíceis de serem compreendidas., pontos de vista com algumas distorções

Todos estão sendo informados sobre a desaceleração da economia chinesa, que cria problemas internos e para seus parceiros, mas também existem artigos denotando alguns preconceitos.

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Gráfico publicado no artigo do Valor Econômico

Muitos jornais e revistas ingleses como norte-americanos denotam possuir posições ideológicas diferentes dos chineses e acabam sendo exageradamente críticos com relação aos problemas enfrentados por eles, onde certamente o uso intensivo das indicações do mercado poderiam evitar alguns deles. Noentanto, deve-se também reconhecer as limitações do mercado, que muitas vezes precisam ser corrigidas pelas autoridades.

Em que pese a desaceleração observada na China, a estimativa de 6,9% de crescimento em 2015 deve ser considerada excepcional, quando comparada com o resto do mundo, sendo superada somente pela Índia, cuja estimativa também está sendo colocada em questão.

No Valor Econômico, junto ao título da matéria sobre o assunto aparece a expressão “… somente 6,9% no ano passado”, que para o seu autor parece modesto, quando estavam acostumados a um patamar de dois dígitos, que evidentemente não tem a possibilidade de ser mantida por mais tempo. Mesmo que este percentual seja revisado, deve estar acima de 5% podendo ser considerado excepcional no atual mundo globalizado.

Todos gostariam que a China continuasse a funcionar como a locomotiva do mundo, principalmente para o Brasil, um importante exportador de minério e produtos agropecuários para aquela economia. Mas estas mudanças de patamar devem ser consideradas normais em economia, mesmo sendo fortemente centralizada.

As ideologias adotadas por cada país devem ser respeitadas, ainda que cada um de nós tenhamos as nossas preferências. Já houve períodos com maiores diferenças, havendo uma tendência para maiores aproximações. Parece que classificar alguns países como “diabos”, depois absorvidos, e outros como “anjos”, que decaíram, não parece ser a forma adequada para a convivência neste mundo limitado. As histórias dos países são longas, mais que nossas vidas. Parece conveniente ter tolerância com as limitações de outros países, como esperamos que também tenham com as nossas.