Redes Sociais Voltando Para os Negócios
6 de janeiro de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: ampliação das funções para os negócios, artigo no The Wall Street Journal, no Brasil o sucesso do WhatsApp, o sucesso do WeChat’s chinês
Para quem estava impressionado com a disseminação do WhatsApp no Brasil, mesmo sabendo que existem outros meios assemelhados como o Uber, fica surpreso com o prestígio do WeChat chinês, mesmo entre os especialistas como do próprio Facebook.
Foto ilustrando o uso de smartphone entre hostess de uma exposição na China, publicado no artigo do The Wall Street Journal
Num artigo elaborado por Deepa Seethararan e Juro Osawa, publicado no The Wall Street Journal, informa-se que o Facebook e outros se esforçam para copiar a chinesa WeChat ao ligar aplicativos de mensagens ao comércio e serviços. A gigante chinesa da internet, a Tencent Holding, lançou um aplicativo de smarphone para enviar mensagens em 2011 e cinco anos depois, centenas de WeChat nos serviços de envio de recursos para amigos, comprar produtos e marcar entrevistas com os médicos.
Esta tendência parece mais acentuada na Ásia, e como reação a Uber anunciou que irá autorizar usuários do Facebook a efetuarem serviços semelhantes do WeChat. A Google está desenvolvendo um novo aplicativo que utiliza a inteligência artificial e outras estão se preparando para transformar suas plataformas em centros de comunicação, prestando diversos serviços. Todos estudam as possibilidades de usar seus muitos usuários para prestarem outros serviços.
Gráfico publicado no artigo do The Wall Street informando que hoje já existem 2,5 bilhões de pessoas usando aplicativos de mensagens, esperando-se que em 2018 chegue a 3,6 bilhões, 90% da população mundial que usa a Internet
Na China, há um nítido predomínio da WeChat que está desafiando até a Alibaba, por permitir lidar com pagamentos, como outros serviços do tipo chamar o táxi como efetuar reservas em restaurantes, caminhando para compras de bens. Como na Ásia existe o costume de presentear com dinheiro em determinadas datas, isto já está sendo usado. Até compras de refeições para serem entregues estão sendo utilizadas nestes sistemas.
Algumas tentativas de ampliação do uso dos aplicativos de mensagens estão sendo tentadas nos Estados Unidos, ainda sem nenhum sucesso estrondoso. Há, por enquanto, uma divisão das mensagens e do e-commerce, mas sempre se pode visualizar o que obtém sucesso na China e na Ásia acabe sendo adaptado, com o devido cuidado para uso no Ocidente.
Cada povo tem sua cultura específica para uso destes meios de comunicação social. No Japão, onde se procura minimizar os inconvenientes para os outros, o próprio uso de celular a viva voz encontra restrições, e as mensagens escritas acabam sendo mais utilizadas por não provocarem barulhos.
Apesar de muitas destas inovações terem sido originárias do Vale do Silício, observa-se que muitas outras estão se disseminando na China que tinha problemas de comunicação com o telefone, o que acabou acelerando o uso de celulares, caminhando para os smartphones. Como os chineses são negociantes natos, com longas tradições de comércio, é de se supor que outros usos acabarão se multiplicando, o que pode ser disseminado para outros países, e com algumas defasagens até no Brasil.