Fortunas se Formam Combatendo as Mudanças Climáticas
23 de janeiro de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Meio Ambiente | Tags: artigo de destaque no Bloomberg, bilionários fazendo fortunas tentando evitar mudanças climáticas, destaque dos dez mais importantes segundo a Bloomberg
O site da Bloomberg vem publicando uma série de artigos mais longos, apresentando o que está se fazendo para evitar o aquecimento global, possivelmente como contraponto ao que vem sendo feito pelo governo Donald Trump e outros que não estão dando a devida atenção ao problema. Segundo o importante do órgão de imprensa mundial, o grande problema da humanidade é evitar as mudanças climáticas que estão ocorrendo aceleradamente. E muitos bilionários estão investindo e aumentando suas fortunas nesta área de importância fundamental para o mundo. Um artigo elaborado por Tom Metcall e Pei Yi Mak e publicado no site da Bloomberg, com a ajuda de uma grande equipe de auxiliares, destaca os casos mais importantes nestas atividades, com dados disponíveis até fins de 2019. Utilizam como metodologia os dados acumulados por aquela organização, destacando os obtidos com atividades pelas preservações do meio ambiente.
O primeiro que seria destacado é do grupo chinês CATL, que tem um ativo líquido total de US$ 16,7 bilhões voltados somente para esta área e é comandado por Zeng Yuqun, Huang Shilin, Pei Zhenhua e Li Ping. Eles são os maiores produtores de baterias elétricas, fornecendo para importantes empresas como a Daimler, Toyota, BMW e a Volvo. O grupo foi criado em 2011 e o mercado de baterias elétricas para veículos pode chegar em 2050 a US$ 500 bilhões, segundo a Bloomberg.
Logotipo da CATL publicado no artigo do site da Bloomberg, que vale a pena ser lido na íntegra
O segundo grupo destacado pelo artigo publicado no site da Bloomberg seria o do impressionante grupo da TESLA, que já está cotado como o segundo grupo nas bolsas do setor automobilístico mundial, com seus investimentos até na China, e que já tem investido nesta área climática nada menos que US$ 14,6 bilhões, comandada por Elton Musk. Até recentemente, esta empresa sequer era conhecida como potencial produtora de veículos.
Elton Musk, norte-americano do grupo Tesla. Foto publicada no artigo no site da Bloomberg
O próximo destaque seria o alemão Aloys Wobben, proprietário da empresa Enercon, que investe US$ 7,3 bilhões em turbinas eólicas. Até recentemente, a energia eólica era pouco explorada no mundo, mas hoje já é competitiva com as que utilizam combustíveis poluentes.
O alemão Aloys Wobben, da Enercon, que produz turbinas eólicas, Foto no artigo do site da Bloomberg
Outro seria o australiano Anthony Pratt, cuja empresa Pratt Industries investe US$ 6,8 bilhões na reciclagem de papel e produção de embalagens, onde o Brasil teria também condições de ser competitivo no mundo, ajudando a resolver os problemas dos plásticos que viraram uma calamidade no mundo atual.
Anthony Pratt, da Pratt Industries. Foto publicada no artigo do site da Bloomberg
Segue-se o grupo chinês Longi Green, onde Li Zhenguo, Li Chunan e Li Xian investem US$ 3,4 bilhões para a produção de monocrystalline com produtos solares, criando alternativas não poluentes no mundo. As insolações observadas no Brasil deveriam ser mais bem exploradas.
Li Zhenguo, do grupo Longi Green. Foto publicada no artigo do site da Bloomberg
Vem a seguir o investidor espanhol Jose Manuel Entrecanales, que investe US$ 2,9 bilhões no setor de materiais variados para energias renováveis por intermédio da empresa Acciona. O interessante é que, além dos asiáticos que se destacam atualmente com as pesquisas, outros países menos conhecidos também estão envolvidos com os esforços para reduzir os problemas climáticos.
O espanhol Jose Manoel Entrecanales, da Acciona. Foto publicada no artigo no site da Bloomberg
O grupo empresarial chinês comandado por Lin JIanhua prossegue a lista, investindo US$ 2,9 bilhões, notadamente em painéis solares por intermédio de sua empresa Hangzhou First Applied Material, como também vem acontecendo com muitas empresas daquele país.
Logotipo da Hangzhou First Applied Material, constante do artigo publicado no site da Bloomberg
Outro grupo chinês, comandado por Wang Chuanfu, investe US$ 2,4 bilhões na BYD, empresa produtora de veículos elétricos. Na realidade, além das preocupações para evitar os problemas de poluição, alternativas continuam se desenvolvendo no setor de transportes, com inovações empresariais.
Wang Chuanfu, que controla a BYD. Foto publicada no site da Bloomberg
Segue-se um grupo tailandês, comandado por Shomphote Ahunai, que investe US$ 2,4 bilhões nesta área, por intermédio da empresa Energy Absolute que, tendo começado com óleo de palma, hoje se concentra na produção de biodiesel. A Tailândia não era um país que se destacava por inovações, mas, aproveitando até as suas tradições passadas, procura gerar combustíveis não poluentes e competitivos.
Logotipo da Energy Absolute tailandesa. Foto publicada no site da Bloomberg
Finalmente, para completar a lista da Bloomberg, aparece Trevor Milton, cuja empresa norte-americana, Nicola Motor, investe US$ 1,3 bilhão neste setor, produzindo caminhões movidos a hidrogênio. Os Estados Unidos, até recentemente, destacava-se pelas inovações decorrentes das pesquisas, mas não estão mais isolados no mundo. Parecem indicações promissoras, mostrando que existe um esforço mundial, obtendo bons retornos nos investimentos, por todas as partes do mundo.