EUA Superado Pela China Nas Questões Climáticas
23 de abril de 2021
Por: Paulo Yokota | Seção: Clima, Editoriais e Notícias | Tags: a China na frente, Declaração do Secretário de Estado do EUA, o futuro do mundo, pesquisas e produtos
Um artigo de Marina Dias, publicado na Folha de S.Paulo, informa que o secretário de estado dos EUA, Antony Blinken, num anúncio feito em Annapolis, no Estado de Maryland, admitiu que no momento eles estejam superados pelos chineses. A China é o maior exportador de painéis solares, turbinas eólicas, baterias e veículos elétricos. Quase um terço das patentes mundiais de energia renovável e não poluente são dos chineses. Os Estados Unidos não possuem mais a capacidade de liderar o mundo neste setor estratégico.
Joe Biden está organizando nos próximos dias 22 e 23 uma reunião de Cúpula de Líderes sobre o Clima, para o qual o presidente Jair Bolsonaro está convidado, entre outros que completam 40 no total. Pretende-se que no Clube de Paris chegue-se a meta de aquecimento máximo de 1,5 º Celsius, entre outras medidas.
O secretário de estado Anthony Blinken admite que os EUA estejam ultrapassados pelos chineses no setor de energia não poluente
Os chineses estão à frente dos EUA na questão climática, que terá importância mundial no futuro próximo, enquanto os norte-americanos se atrasaram. Eles admitem que isto terá importância na política mundial nas próximas décadas, indicando que pretendem fazer um esforço especial para superar estas limitações. O que se espera é que isto não fique somente no discurso, mas nas prioridades de alguns programas de forma operacional.
No caso brasileiro, ainda que as condições naturais sejam favoráveis para os projetos eólicos e solares, todos sabem que os equipamentos utilizados são provenientes da China e da Coreia do Sul. Esperar que este quadro possa ser modificado não aparenta ser algo realista, quando as baterias utilizadas contam com minérios locais.
Ainda que muitos brasileiros tenham restrições ideológicas, as tecnologias chinesas devem ser utilizadas. O que se espera é que parte dos equipamentos possam ser produzidos no Brasil, mesmo por empresas chinesas utilizando seus conhecimentos.