29 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: patrocínio da CPFL, pontos de vistas científicos e acadêmicos, TV Cultura no Café Filosófico
O problema da sexualidade até pouco tempo ainda era quase um tabu, não se discutindo muito sobre este importante aspecto da vida humana mesmo do ponto de vista científico. Os pais se sentiam inibidos para transmitir o pouco que conheciam a respeito, muitas vezes de formas distorcidas, e os adolescentes acabavam aprendendo sobre o assunto da forma mais inadequada. Muitos programas dos meios de comunicação acabavam tratando o problema de forma sensacionalista para conseguir audiência. Há algum tempo, a TV Cultura de São Paulo, no seu programa Café Filosófico, que vai ao ar todos os domingo às 22h, com o patrocínio da CPFL – Companhia Paulista de Força e Luz, vem tratando do assunto com a participação da médica e psiquiatra Carmita Abdo, pioneira no assunto no Brasil, livre docente na Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e alguns outros especialistas, inclusive o seu marido, Dr. João Afif Abdo, médico urologista. A colocação é ponderada e fornece um quadro de informações que pode ser útil para os adolescentes, bem como adultos e até idosos.
Muitas pesquisas científicas vêm sendo efetuadas sobre o assunto desde que William H. Master e Virginia E. Johnson publicaram em 1966 Human Sexual Response e em 1970 Human Sexual Inadequacy com base nos levantamentos e pesquisa de uma boa amostra que efetuaram inicialmente no Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Washington University de St. Louis. Eles provocaram muitos alvoroços com suas descobertas. E depois fundaram o Master e Johnson Institute. Mas ainda existem muitos preconceitos sobre conhecimentos fundamentais que poderiam melhorar a vida de todos, notadamente no Brasil.
William H. Master e Virginia E. Johnson Carmita Abdo
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28 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: artigo no Bloomberg, dióxido de azoto, mais que Pequim, pior da Europa, poluição em Londres, uso do diesel | 2 Comentários »
Um artigo publicado por Alex Morales no site da Bloomberg informa que foram observados em Londres os mais elevados níveis de dióxido de azoto, os mais altos da Europa, pior que o de Pequim. Ele decorre do aumento do uso do diesel. A União Europeia, para combater a mudança climática, favoreceu o uso do diesel e para entrar em Londres os motoristas pagam menos quando usam este combustível que também está disseminado nos transportes coletivos. Segundo declarações de Simon Birkett, fundador da Clean Air, um grupo sem finalidade lucrativa, as autoridades sabiam que o diesel estava produzindo estes poluentes nocivos há mais de 10 anos.
As minúsculas partículas chamadas PM2.5S mataram 3.389 pessoas em Londres em 2010, segundo uma agência governamental de saúde pública da Inglaterra, numa declaração feita em abril. Como o dióxido de azoto, ou NC2, ele vem da combustão do diesel. Como os poluentes são encontrados juntos, é difícil identificar mortes atribuíveis apenas a NO2, segundo Jeremy Langrish, professor clínico em cardiologia da Universidade de Edimburgo. Muitas mortes por doenças cardiovasculares, como cardíacos ou derrames, estão associadas a problemas respiratórios como a asma.
Friends at the top of Primrose Hill in London on April 3, 2014. A combination of local emissions, light winds and pollution from continental Europe, compounded with dust blown from the Sahara, has prompted health warnings about poor air quality across southern and central England. Photographer: Adrian Dennis/AFP via Getty Images
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28 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: apresentação em Boston, exposição em Kobe, trabalhos de Katsushika Hokusai, Ukiyo-e na Europa
Este site tem procurado divulgar como o Ukiyo-e influenciou a arte na Europa e acabou conquistando até os Estados Unidos e o mundo. Um artigo publicado agora por Matthew Larking no The Japan Times informa que uma exposição que está sendo realizada no Museu da Cidade de Kobe tem o nome “Hokusai do Museu de Belas Artes de Boston” irá até Kitakyushu e voltará para Tóquio no segundo semestre deste ano. Aquele foi o evento que reuniu em larga escala a produção artística japonesas em Boston em 1892, onde a produção de Katsushika Hokusai, que utilizou diversos nomes artísticos ao longo de uma extensa carreira, era um dos grandes destaques. A exposição no Japão apresenta uma rica retrospectiva de seu trabalho.
Segundo o autor, o Ukiyo-e poderia ser encontrado na Europa a partir de pelo menos 1795, no Cabinet des Estampes, na Biblioteque Nationale de Paris. Mas teria sido na década de 1850 que Felix Bracquemont (1833-1914) encontrou um livro ilustrado por Katsushika Hokusai (1760-1849), dos muitos que foram para a Europa, que chegou à França junto com um carregamento de porcelanas. “A grande onda”, o seu mais famoso trabalho, teria chegado à Europa no início da década de 1860, tendo ajudado no grande interesse despertado sobre a gravura japonesa na Europa. A exposição em Boston, nos Estados Unidos só ocorreria em 1892.
O ícone: Katsushika Hokusai de "A grande onda fora da costa de Kanagawa (Kanagawa-oki Nami-ura)" da série "Trinta e seis vistas do Monte Fuji (Fugaku Sanjurokkei) ‘(ca. 1830-1834) | WILLIAM STURGIS BIGELOW COLETA, 11,17652; FOTOGRAFIA © 2014 Museu de Belas Artes de Boston. TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. Publicado no The Japan Times
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27 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: artigo no site da Bloomberg, classe média chinesa contra a poluição, mudanças na China, protestos violentos
Uma inusitada manifestação da classe média chinesa acabou provocando um confronto com as forças policiais na China. Com os planos para a instalação de incineradores poluentes, a população da região, que havia comprado apartamentos nas proximidades, solicitou o seu cancelamento, no que não foi atendida. Acabou organizando uma manifestação que resultou neste confronto inusitado, mostrando ela está se organizando até para enfrentar o governo na defesa do futuro de suas crianças. Isto aconteceu em Hangzhou, mas tende a se propagar para outras localidades, colocando em risco a estabilidade social do atual governo de Xi Jinping. O assunto foi noticiado num artigo publicado no site da Bloomberg.
Todos sabem que o desenvolvimento acelerado da economia chinesa utilizando energias poluentes, como as geradas do uso do carvão mineral, além dos veículos poluentes, bem como indústrias que não providenciam despoluentes, está tornando o ar irrespirável na China, notadamente no inverno. A população está usando lenços como máscaras, mas seus benefícios são limitados. Muitos funcionários de empresas estrangeiras estão se negando a ser designados para trabalharem naquele país. O consumo de combustíveis menos poluentes, como o gás natural, ainda demandará muito tempo para alterar o quadro.
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27 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: artigo no The Washington Post, lamentável comportamento da indústria de alimentos, Michelle Obama engajado na melhoria da alimentação, problema da obesidade
Todos sabem que nos Estados Unidos um dos motivos importantes para o aumento da obesidade das crianças é a péssima alimentação servida nas escolas. Um artigo publicado por Tom Hamburger no The Washington Post informa que primeira-dama Michelle Obama está engajada na campanha para continuidade da melhoria que está se conseguindo, com o aperfeiçoamento dos alimentos serviços nas escolas. Há um lobby formado pelos fornecedores de pizzas congeladas e batatas fritas para que se flexibilize a legislação que se conseguiu, com uma diversificação dos alimentos, como uso de legumes e frutas, que infelizmente sofre resistência até das funcionárias que preparam estas refeições. Chega ao absurdo de desejarem que o molho de tomate usado nestas pizzas industrializadas seja considerado dentro da cota de legumes.
Fica-se indignado com a falta de consciência dos empresários e legisladores que pretendem tais flexibilizações induzindo as crianças para alimentações que fazem mal às suas saúdes. O fato concreto é que, no curto espaço de tempo em que a atual legislação está em vigor, os resultados já foram notórios, com a redução destas obesidades. É evidente que esta batalha das alimentações nas escolas serve de exemplo para a redução do chamado fast food, que faz com que as crianças consuman produtos inconvenientes, bem como refrigerantes com excesso de açúcar.
Michelle Obama em ação na campanha por uma alimentação mais saudável entre as crianças
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27 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: artigo do Carter Roberts do World Wildlife Fund no Foreign Affairs, maior projeto de conservação da floresta tropical, pouco divulgado no Brasil
Foi assinado em 21 de maio último um ato do governo brasileiro, por intermédio do Ministério do Meio Ambiente, para garantir a sustentabilidade de Unidades de Conservação da Amazônia que cobrem 15% da Amazônia brasileira. A ARPA – Áreas Protegidas da Amazônia receberá R$ 477 milhões (equivalente a US$ 215 milhões), que garantirá pelos próximos 25 anos o financiamento dos 60 milhões de hectares destas Unidades de Conservação, apoiadas pelo programa. Participaram da cerimônia representantes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Ministério para a Cooperação e Desenvolvimento Alemão (BMZ), do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), da Fundação Gordon e Betty Moore, da WWF – Brasil, do WWF dos Estados Unidos e do Global Environment Facility (GEF). Ou seja, entidades da maior importância nos esforços de preservação do mundo.
O ato pouco divulgado no Brasil foi objeto de um artigo escrito por Carter Roberts, o CEO do World Wildlife Fund, que tem uma parceria com o Brasil no ARP desde o início do programa em 2002. Veio desde a gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso e passou pelo presidente Lula da Silva, chegando à atual. O artigo publicado no Foreign Affairs menciona que beneficiará 150 milhões de hectares, uma área três vezes maior do que todos os parques nacionais dos Estados Unidos.
Ministra do Meio Ambiente e instituições parceiras anunciaram investimentos de R$ 477 milhões (US$ 215 milhões) no Programa de Áreas Protegidas da Amazônia. Foto: Divulgação/MMA
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25 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: artigo no The Japan Times, frangos e bovinos resistentes ao calor extremo, reconhecimento dos danos climáticos, trabalhos científicos
Acaba sendo de extrema ironia, pois o governo dos Estados Unidos está estimulando pesquisas científicas para animais como o frango ou o bovino tenham capacidade de resistir a elevadas temperaturas, segundo notícia publicada no The Japan Times. Em vez de se empenhar mais fortemente na redução do lançamento do carbono que está acelerando o aquecimento global, que ajudaria todo o mundo, os norte-americanos estão tentando conseguir frangos e bovinos, que consomem em grande quantidade, que sejam resistentes às altas temperaturas e às secas. A Universidade de Delaware está neste programa, com a orientação do cientista Carl Schmidt, que reconhece que a tarefa não é das mais fáceis.
Conseguindo cruzamentos com espécies mais resistentes, como algumas africanas, não estaria garantido que os seus sabores e nutrientes seriam equivalentes, além de demandar trabalhos de longo prazo. Com o uso de genomas, se isto for conseguido, haveria uma introdução de mais amargos nas carnes. Mesmo com os avanços da engenharia genética, não seria muito simples se atingir os objetivos perseguidos, segundo depoimentos de Carl Schmidt. Evidentemente as autoridades como Barack Obama, que deseja marcar o seu segundo mandato com trabalhos de sustentabilidade, não abandonariam as reduções de carbono, mas não desejam assumir metas claras para o país, num compromisso internacional.
Carl Schmidt, da University of Delaware
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19 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: arquiteto Shigeru Ban vencedor do Pritzker considerado o mais importante no mundo, notícia no suplemento Ilustrada da Folha de S.Paulo, sonho de trabalhar com madeiras na Amazônia
O arquiteto japonês Shigeru Ban, 56 anos, recebeu recentemente o Prêmio Pitzker, considerado o mais importante no mundo na área da arquitetura, equivalente a um Nobel. Com modéstia, informou que ainda não se considerava digno para receber este prêmio, ele que vem trabalhando com diversos materiais, inclusive a madeira. Ele que já conhece o Brasil de visitas anteriores, tendo conhecido a Amazônia, acertou com o Ministério do Meio Ambiente trabalhos arquitetônicos importantes na região, utilizando madeiras apreendidas de extrações ilegais. Deverão ser construídos postos de visitantes e pesquisadores nos parques nacionais amazônicos, torres de observações e escolas para populações locais. Ele declarou que adora trabalhar com madeiras, e esta oportunidade no Brasil é um sonho seu virando realidade, ele que se declarou fascinado pela Amazônia.
O que parece importante é que o Japão tem uma longa tradição de trabalho da melhor qualidade com madeira, com grandes estruturas como no século VIII quando os japoneses construíram o Todai-ji, um templo budista em Nara, que conta com espaço de 57 por 50 metros de madeira maciça, considerado o maior do mundo neste estilo. A obra sofreu incêndios e terremotos e a atual estrutura é de 1709. Existem no mundo outras grandes de madeira, mas não são maciças, como o conhecido Metropol Paranol em La Encarnacion, na Espanha, do arquiteto alemão Jünger Mayer-Hermann, com 150 metros por 70, mas que utiliza placas. Os japoneses valorizam as madeiras, inclusive nos trabalhos em detalhes.
Shigeru Ban e algumas de suas obras
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14 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: artigo no Valor Econômico, contribuição de David Swenen, exemplo das universidades norte-americanas, projetos brasileiros
Visitou o Brasil para o lançamento do seu livro, David Swenen, diretor de investimentos da Universidade de Yale, que ajudou a consolidar um sistema denominado “endowment” que, além de promover doações principalmente de ex-alunos, administra estes fundos para ajudar a manter as atividades de uma universidade, bem como as bolsas de estudos para muitos estudantes. O sistema está consolidado nos Estados Unidos, e outras Universidades como Harvard, Texas, Stanford, MIT e Princeton contam com fundos de bilhões de dólares obtidos com doações. Também no Brasil, ainda que recentemente, começam a se consolidar sistemas semelhantes, adaptados às condições locais que não contam com volumes tão expressivos de doações.
Estes fundos são administrados com suas aplicações diversificadas como de um portfólio, visando uma rentabilidade. Somente as rendas obtidas são utilizadas, preservando-se o principal. Nos casos brasileiros que ainda são recentes, além destes fundos serem modestos, a sua experiência não é tão longa, não permitindo que somente a sua rentabilidade seja suficiente para manter uma Universidade, mas parte delas já é sustentada. Muitas bolsas de estudos ainda dependem de doações generosas, na maioria de empresas e instituições financeiras, bem como alguns cursos e contratações de professores que precisam ser preservados. Os recursos orçamentários e as rendas conseguidas com os cursos ainda são mais relevantes.
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13 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: empenho, espírito de samurais, mais da metade dos convocados jogam no exterior
Ainda que a seleção japonesa de futebol não figure entre as favoritas para a Copa do Mundo 2014, ninguém pode negar que ela esteja entre as mais abnegadas e disciplinadas, empenhando-se coletivamente sob o comando do treinador Alberto Zaccheroni, de origem italiana, podendo chegar a posições destacadas. Dos 23 jogadores convocados, mais da metade atua no exterior, possuindo experiências acumuladas nas melhores equipes europeias. O Brasil já amargou uma derrota para o Japão, não podendo ser considerada como formada por jogadores ingênuos, mas empenhados desde quando foi formada a J.League de futebol profissional. Estudos foram efetuados sobre os esportes profissionais, chegando à conclusão que metade das verbas era destinada no mundo para o futebol, levando a organização extremamente elaborada do seu sistema nacional.
Os clubes foram formados com o suporte das empresas japonesas, tendo como sede as principais cidades e a utilização de treinadores e alguns jogadores estrangeiros, principalmente brasileiros. Muitos destes se consolidaram no Japão, tendo mudado até de cidadania, onde alguns são astros locais requisitados para as grandes campanhas publicitárias, mesmo não sendo famosos no Brasil. Toda a organização é profissional, e os estádios ficam lotados com torcidas organizadas mais disciplinadas, que cantam o tempo todo pelas suas equipes de preferência. O Japão veio organizando a Copa do Mundo de clubes, originalmente a Copa Toyota, hoje da FIFA, onde muitos times brasileiros disputaram até a final com campeões europeus, conseguindo se consagrar campeões mundiais. Muitos jogos são apresentados pela televisão, e o futebol compete com outros esportes populares do Japão, como o beisebol e o sumô.
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