5 de fevereiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo no Wall Street Journal, limitações, publicidades, uso intenso das redes sociais
Um artigo publicado por Loretta Chao no Wall Street Journal informa que o Brasil é a capital universal da rede social, o maior destaque no mundo emergente, pois a China ainda impõe algumas restrições bloqueando alguns sites como do YouTube, Facebook e Twitter. Aqueles que utilizam o Facebook estimam-se já cheguem a 65 milhões. O YouTube está permitindo muitos que ingressaram na nova classe média se tornarem conhecidos por todo o país rapidamente, de forma que surpreendem até os usuários. O artigo tenta entender porque isto acontece no país, e a articulista constata que o brasileiro costuma ser muito aberto para estabelecer contatos com outros não conhecidos, mais que outras populações e em qualquer ambiente, como no elevador ou no restaurante.
Também constata que o Brasil foi em 2012 o maior mercado que utiliza o Google, e as vendas pela internet acusam crescimentos respeitáveis. O Twitter também tem muita utilização. Do exterior existe um grande interesse sobre o Brasil, informando que o tempo de utilização para todas estas mídias sociais chegou em setembro último a 361 minutos por mês por usuário. Ainda assim, a publicidade que utiliza estes instrumentos é relativamente baixa, correspondendo a cerca de 10% para os anúncios digitais, havendo também algum receio que dados pessoais e familiares sejam utilizados para finalidades escusas.
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5 de fevereiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo de Luiz Gonzaga Belluzzo no Valor Econômico, novo surto de desenvolvimento tecnológico, opinião de Antonio Delfim Netto, os esforços dos Estados Unidos
Num artigo publicado pelo experiente economista Luiz Gonzaga Belluzzo no Valor Econômico, falando sobre a mobilidade do capital e progresso técnico, ele expressa a sua convicção que o mundo passará por uma nova fase de desenvolvimento tecnológico. Muitas pesquisas estão sendo efetuadas para a economia de recursos humanos, bem como novos setores como o de “nanotecnologia, neurociência, biotecnologia, novas formas de energia e novos materiais formam um bloco de inovações com enorme potencial de revolucionar outra vez as bases técnicas do capitalismo”. Opinião muito semelhante vem sendo expressa também pelo professor Antonio Delfim Netto, outro experiente observador do que vem acontecendo no mundo.
Já expressamos neste site o que vem acontecendo com o grafeno, o volume de pesquisas que vem se efetuando em todo o mundo, e observando revistas científicas como o Nature, observa-se o volume de pesquisas, com especial destaque para os Estados Unidos. Universidades consagradas como instituições de pesquisas, estimuladas pelo mercado e pelas autoridades, bem como fundos de todas as naturezas, inclusive fundações, fomentam novas técnicas, na preservação da saúde humana, bem como gerações de energias sustentáveis.
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5 de fevereiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: as bicicletas dobráveis Brompton, demandas em muitos países, esforços ecológicos | 4 Comentários »
Os esforços ecológicos estão aumentando o uso de bicicletas em todo o mundo, e o modelo dobrável da Brompton produzido pelos ingleses faz sucesso em muitos países, por ser adequado para guardar até num apartamento. Numa notícia distribuída pela AFP e publicada em jornais como o Japan Today, há informações que as mesmas estão interessando aos asiáticos, ainda que sejam um pouco mais caras. Os dirigentes da empresa produtora concordam que se produzindo na Ásia as mesmas ficariam mais baratas, mas eles que dão grande importância ao controle de qualidade, desejam manter a sua produção na Grã-Bretanha com a equipe que o desenvolveu.
Cogita-se de modelos elétricos, mas o diretor gerente William Butler-Adams informa que por ora desejam mantê-las no mesmo local, tendo produzido 36 mil unidades do ano passado, com um crescimento anual de 20%. Eles estão exportando 80% da produção para 42 países. No Japão como na Coreia, que admiram o seu estilo, passam por um boom de popularidade.
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5 de fevereiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: avanços com o GPS, cadastros com declarações voluntárias, novos passos, Radam Brasil, uso de satélites
Quando foi criado o INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, com a fusão do INDA – Instituto Nacional de Desenvolvimento Agrária e do IBRA – Instituto Brasileiro de Reforma Agrária, instituiu-se um cadastro das propriedades rurais, com declarações voluntárias para a tributação do ITR – Imposto Territorial Rural, pois não havia uma estrutura administrativa para examinar a veracidade destas declarações. Aperfeiçoamentos foram introduzidos ao longo do tempo. Com a instalação do Radambrasil, iniciou-se o mapeamento de parte deste imenso Brasil, começando pela Amazônia, ainda de forma precária. Com o avanço das tecnologias dos satélites, conseguiu-se um bom mapeamento do Nordeste brasileiro, que era uma área crítica do ponto de vista da documentação fundiária, muitos que tinham origem nos precários registros paroquiais cujas delimitações eram extremamente deficientes. Os dados da Amazônia sempre foram imprecisos, até porque alguns pontos de referência como os rios mudam de posicionamento depois das inundações anuais. Origens de diferentes países foram aceitos para a definição das fronteiras internacionais.
Com a ajuda de instituições de fomento internacional como o Banco Mundial foi se aperfeiçoando estes mapeamentos que permitiram acelerações das ações jurídicas de discriminações das terras, que conferiam o confronto das diversas propriedades. Só com a implantação do uso e aperfeiçoamento do GPS – Global Position System, originalmente de uso militar, tornou-se factível determinar com maior precisão os pontos que marcam as delimitações das propriedades. A longa experiência no INCRA permitiu-me contribuir com parte destes avanços que foram ocorrendo nas últimas décadas, que tinham começado com as trabalhosas tarefas de fixação de pontos determinados pelos levantamentos topográficos.
Satélites permitem o uso do GPS para maior precisão nas delimitações de propriedades rurais
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3 de fevereiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: a admiração por Cingapura, adaptações para os emergentes, pequenas economias, The Economist aponta os países nórdicos como modelos
No mundo em que vivemos, parece que todos copiaram o Brasil e muitos ficam se arrastando na repetição dos seus problemas até o Carnaval, a partir do qual soluções mais criativas esperam ser propostas para as superações de suas atuais dificuldades. O The Economist, mesmo com sua clara ideologia liberal, elabora no seu número desta semana uma série de artigos sobre os países nórdicos, apontando os como possíveis modelos para o futuro, mas acaba citando sempre Cingapura, como se as soluções fossem mais fáceis em países de pequenas dimensões. Mas também apontam as dificuldades passadas, bem como o exagero da presença do Estado no presente, ainda que as empresas privadas estejam sendo beneficiadas com os tributos reduzidos substancialmente, o que não se ajusta ainda às doutrinas da revista. Deve-se registrar que o petróleo do Mar do Norte está beneficiando principalmente a Noruega, que vem o administrando de forma exemplar.
Isto nos leva a especular um pouco sobre o que poderia ser feito em países emergentes de grandes dimensões, adaptando o que vem sendo feito em economias como aquelas. A soma das populações da Suécia, Finlândia, Dinamarca, Noruega e Islândia chegam somente de 26 milhões de habitantes, apresentando ainda a maior mobilidade internacional conhecida. Cingapura é uma cidade país com somente 5 milhões de habitantes. Que lições podem ser extraídas destes exemplos para condições tão diferentes como o Brasil, a China, a Índia ou a Rússia, para citar somente os que foram originalmente incluídos no BRIC? O que se poderia aproveitar para a Europa e os Estados Unidos que continuam enfrentando uma baixa recuperação, ou o Japão que luta oralmente com suas dificuldades?
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3 de fevereiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo no Foreign Affairs, corrupção, dependência com relação à China, desenvolvimento elevado com base na mineração, piora da distribuição de renda
O professor Morris Rossabi leciona história na Queens College da City University de New York e história da Inner Asia na Columbia University e elaborou um artigo para o Foreign Affairs sobre a Mongólia, que vem chamando a atenção mundial por um astronômico crescimento nos últimos anos, mas que é considerada uma bolha decorrente da expansão de sua mineração. Os minérios descobertos vão das gigantescas reservas de cobre, ouro, urânio, carvão mineral e estanho no sul do país, mais próximo da China. A Mongólia é um país que participava da União Soviética, que depois de sua dissolução passou por uma crise muito profunda.
Conta somente com cerca de 2,8 milhões de habitantes, muitos que viviam do pastoreio, ocupando uma área de pouco mais de 600 mil quilômetros quadrados, um pouco maior que o Estado de Minas Gerais. Tem como capital Ulaanbaatar, que já concentra mais de 40% da população do país. Segundo os dados do FMI – Fundo Monetário Internacional, a economia da Mongólia cresceu 6,4% em 2010, assustadoramente 17,3% em 2011 e está estimado que em 2012 possa crescer 12,7%, que seria dos mais altos no mundo. Mas isto, infelizmente, está ocorrendo concentrado na mineração, com poucos benefícios para os mongóis e a predominância de empresas estrangeiras, australianas, canadenses, chinesas, francesas e russas. Inclusive a Vale brasileira conta com um projeto naquele país para a produção de carvão mineral indispensável para o Brasil.
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1 de fevereiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: análises afetadas pelos interesses, as dúvidas intrigantes, nível de emprego elevado e PIB com baixo crescimento, os problemas metodológicos destes dados estatísticos
Fica extremamente difícil para um veterano economista entender como um nível expressivo de crescimento persistente do emprego e do salário médio real de uma economia como a brasileira, por um longo período, seja compatível com um crescimento modestíssimo no PIB. Ainda que a importação esteja se elevando e que haja um pouco de pressão inflacionária. Ninguém discute que uma formidável melhoria na distribuição de renda esteja ocorrendo, tanto em termos pessoais como regionais, com impactos apreciáveis em toda a economia.
Para quem trabalhou para compreender todas as metodologias utilizadas no Brasil, bem como em outros países, acaba desconfiando que parte desta incompatibilidade possa decorrer de algumas de suas dificuldades, notadamente quando as mudanças na economia são expressivas, afetando os coeficientes que podem ser utilizados dentro das melhores técnicas. Elas ficam defasadas, nem sempre sendo capazes de expressar uma realidade com fortes mudanças.
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1 de fevereiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo no Valor Econômico sobre grafeno, até em atividades esportivas, múltiplas aplicações tentativas, pesquisas e patentes em todo o mundo
Se existe um novo material que entrou em moda em todo o mundo, ele é o grafeno, que é extremamente flexível, resistente e forte, que pode ser cogitado para os mais variados usos, que estão sendo intensamente pesquisados, com muitos já patenteados. Um longo artigo sobre o assunto foi publicado por Clive Cookson no Financial Times, e reproduzido em português no Valor Econômico. Afirma-se Novak Djokovic, atualmente o número um do tênis profissional, já utiliza uma raquete que usa este material, que é identificado com a letra G. Ele vem tirando partido do desenvolvimento tecnológico usando uma roupa da Uniqlo japonesa, que reduz em cerca de 30% a temperatura no calor, e outro que aumenta cerca de 30% no frio, que além de beneficiá-lo deve estar proporcionando uma elevada receita promocional.
Informa-se que a China está na vanguarda das patentes já obtidas, superando os Estados Unidos, a Coreia do Sul e o Reino Unido. O artigo informa que, além da Head que produz materiais esportivos, a Samsung e a IBM também já estão se programando para o seu uso. O artigo informa que a revista científica Nature, um grupo de cientistas consideram o grafeno está sendo considerado um verdadeiro milagre, incluindo-se entre eles o Kostya Novoselov, o primeiro a isolá-lo em parceria com Andre Geim, na Universidade de Manchester em 2004.
Professores Andre Geim e Kostya Novoselov. Foto: Jon Super/AP
As áreas potenciais para o uso do grafeno são amplas, indo desde a eletrônica, para transistores ultrarrápidos, computadores com telas dobráveis e diodos de emissores de luz. Lasers e fotodetectores mais eficientes, transformadores de eletricidade e fabricação de baterias solares. As asas dos aviões podem se tornar mais resistentes, e serão amplamente utilizados em equipamentos médicos e até medicamentos.
Mais de dez mil monografias sobre o assunto já foram publicados, somente no ano passado, segundo o artigo. Afirma-se que o campo do seu uso é tão vasto, que não é possível determinar onde estão as maiores potencialidades.
Os gastos em pesquisas sobre o grafeno já teriam atingido a US$ 1 bilhão, segundo os relatórios elaborados, tendo recebido da União Européia outro bilhão de euros para seus estudos. A Universidade de Manchester está instalando um Instituto Nacional de Grafeno, bem como a Universidade de Cambridge também anunciou um Centro de Grafeno.
Os ingleses já estão com o receio de serem superados pelos Estados Unidos e pelos asiáticos, como quando ocorre qualquer descoberta de importância, como já estão indicando os estudos que resultaram em patentes. Somente a Samsung já possui mais de 400 destas patentes, inclusive com o anuncio de telas flexíveis para diversas finalidades.
A IBM seria segunda empresa que está anunciando diversos produtos que já incorporam o uso do grafeno, inclusive equipamentos médicos. Também pequenas empresas inglesas estão utilizando o grafeno para ajudar nas pesquisas. Os professores Geim e Novoselov usaram o grafite como matéria-prima, que é extraída de diversas minas, e consiste na sobreposição de trilhões de folhas de grafeno.
Muitas pequenas empresas que seriam startups estariam entrando no setor usando este material como a Head. Também está se anunciando tintas condutivas usando o grafeno, e como o assunto está na mídia, surgem ideias de todos os lados. Os celulares seriam carregados quando se está andando.
Muitos materiais exigirão mudanças na composição atual do grafeno, e os bancos já estão considerando a possibilidade de um Fundo para o grafeno. Alguns projetos podem ser demorados. Os retornos mais elevados podem demorar um pouco, mas poderão estar relacionados com a saúde e a vida.
Os descobridores, apesar de entusiasmados, não desejam que haja uma expectativa exagerada. Eles alertam que, normalmente, um novo material exige um ciclo de 40 anos para chegar do meio acadêmico para os consumos finais, mas parece que este tempo está sendo encurtado, e muito.
O que se pode perguntar é: o que o Brasil estaria cogitando nesta área?
1 de fevereiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: aumento da produtividade, eliminação do desmatamento, possibilidades concretas, programas passados, proposições do Imazon no O Estado de S.Paulo
Um artigo elaborado por Giovana Girardi e publicado no O Estado de S.Paulo refere-se aos estudos do Imazon – Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia mostrando que o aumento da produtividade na pecuária daria lucro sem desmate. Podemos concordar integralmente com a afirmação e recorremos ao texto completo do estudo efetuado, seguindo a orientação do artigo, que é extenso, mas conta com um resumo executivo adequado para a compreensão do mesmo. Elabora-se um diagnóstico correto do desmatamento, mas ainda não se inclui um programa para conseguir este aumento da produtividade.
Com a experiência acumulada no Banco Central do Brasil, já há muitas décadas, quando acumulei também o comando do Conselho Nacional de Desenvolvimento da Pecuária, podemos discutir a respeito. Executamos um programa de aumento da eficiência da pecuária com a ajuda do Banco Mundial e do Banco Interamericano de Desenvolvimento, absorvendo as experiências efetuadas na Austrália e na Nova Zelândia. Posteriormente, encarregado do Incra – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, continuei acompanhando o problema da ocupação da Amazônia, com lamentáveis desmatamentos além dos necessários, e podemos concordar que muitas destas áreas continuam ocupadas por uma pecuária de tipo extensivo.
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29 de janeiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo do brasileiro José Graziano da Silva da FAO, mudanças importantes nas orientações dos países membros, publicado no Project Syndicate
Como é do conhecimento geral, o atual Diretor Geral da FAO – Organização para Alimentação e Agricultura, unidade das Nações Unidas com sede em Roma, é o brasileiro José Graziano da Silva. Num artigo seu publicado no Project Syndicate, ele informa que uma importante orientação está sendo aperfeiçoada naquela entidade, desde dezembro último, com uma sutil alteração na redação dos objetivos. Até agora se perseguia a redução da fome, e agora se passou para erradicar a fome, a insegurança alimentar e desnutrição, processo que ainda deverá ser confirmado pela conferência da organização em junho deste ano, por todos os países membros.
Apesar da população mundial já ter atingido 7 bilhões de habitantes, nos últimos 12 anos perseguia-se a redução da fome pela metade até 2015. Conseguiu-se que em 1990-92 o percentual de pessoas famintas fosse reduzido de 23,2% para os atuais 14,9%, mas em números absolutos passou-se somente de 980 milhões, para 852 milhões, ou seja, mais de quatro vezes a população brasileira, segundo o autor.
O brasileiro José Graziano da Silva é diretor geral da FAO
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