27 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: Connie Hedegaard, necessidade de metas, reunião do Rio+ 20 em junho próximo, Valor Econômico
Em que pesem as dificuldades econômicas mundiais e pessimismo de muitos com avanços com metas concretas na próxima reunião de junho no Rio de Janeiro, a Comissária Europeia Para Ação Climática acredita nelas. Connie Hedegaard concedeu uma entrevista ao Valor Econômico em Nairobi, Quênia, para a jornalista Daniela Chiaretti, onde participou das comemorações do 40º aniversário do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, mostrando ser uma pessoa determinada que vem participando ativamente de todas estas reuniões sobre o assunto.
Ela é reconhecida pelo seu papel nas reuniões de Copenhague em 2009, Durban em 2011 e chega ao Brasil convencida que pode ajudar a estabelecer metas concretas. Ela acredita que é possível levar energia renovável para todos em 2030, afirmando que todos devemos ter objetivos claros e viáveis, com resultados a curto prazo. Fará diversos contatos em Brasília e em São Paulo, para preparar o terreno para o Rio+20.
Connie Hedegaard
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27 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: aumento do poder dos BRICS, momento crucial, os ministros das finanças dos G-20, problemas europeus, regulamentação do sistema bancário | 2 Comentários »
Todos os jornais do mudo estão noticiando com destaque a reunião realizada pelos ministros de finanças dos países componentes do Grupo dos 20 (G-20), que teria tratado de problemas cruciais no mundo atual. De um lado, a crise europeia exige grandes aportes de recursos que precisam contar com a colaboração destes países. Os países emergentes considerados como membros do grupo BRICS, para darem a sua contribuição, pleiteiam mais poder nos órgãos econômicos mundiais.
Alguns temas que sempre foram considerados como intocáveis passaram a ser abordados, como a possibilidade de regulamentação dos sistemas financeiros, de forma a não prejudicar os mercados emergentes. As regras estabelecidas pela chamada Basileia 3 mantém o seu cronograma, exigindo esforços adicionais para o fortalecimento dos bancos. O Valor Econômico registra que os BRICS discutem a possibilidade de criar um novo banco de desenvolvimento.
Reunião dos membros do G-20 no México, que terminou no dia 26 de fevereiro
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27 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: aumento do interesse comercial e cultural, Câmaras de Comércio, entidades empresariais, iniciativas locais, Instituto Confúcio, multiplicações de iniciativas
Com o aumento da importância econômica e política da China no mundo, nada mais natural que o interesse cultural também aumentasse no Brasil. Muitas entidades oficiais, para-oficiais, empresariais reconhecem os desconhecimentos culturais recíprocos que dificultam os intercâmbios comerciais e procuram sanar a lacuna existente, começando pelos Ministérios das Relações Exteriores de ambos os países. O Brasil utiliza também as instituições com que conta como a APEX – Agência de Promoção da Exportação e Investimentos, o Banco do Brasil e entidades privadas. A China vem incrementando a atuação do Instituto Confúcio nos últimos anos, mas também apoia suas entidades privadas voltadas ao intercâmbio comercial.
Sediados em São Paulo existem diversas organizações de porte que pretendem incrementar o intercâmbio comercial, mas também se preocupam com os assuntos culturais, muitos de composições bilaterais. O destaque é o Conselho Empresarial Brasil China (www.cebc.org.br ) que conta com a participação das principais empresas do Brasil e da China envolvidas no intercâmbio bilateral, com forte interesse do lado brasileiro, contando com muitos diplomatas que já estão fora do serviço público. Nos próximos dias, fará uma palestra na CEBC o embaixador do Brasil em Pequim, Clodoaldo Hugueney. Na Câmara Brasil-China de Desenvolvimento Econômico (www.cbcde.org.br), constata-se o firme suporte do Consulado Geral da China, como representante oficial da República Popular da China.
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27 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: alternativas, artigo de Steven K. Vogel publicado no Nikkei, as posições do LDP e do DPJ do Japão, esclarecendo as dificuldades políticas do Japão, estudos de Harold Wilensky
Tenho alguns amigos no Japão especialistas em América Latina. Muitos moraram e trabalharam no Brasil exercendo muitas tarefas importantes. Um deles enviou-me este artigo do Steve K. Vogel, professor da UCLA, especializado em Extremo Oriente. Ele foi publicado em japonês no Nikkei no último dia 24 de fevereiro. Como eles também se preocupam com o que vem acontecendo no Japão, e o que eles me remetem deve ser considerado com a máxima atenção. O artigo é relevante, ainda que complexo para os que não acompanham de perto a política japonesa.
Steve K. Vogel mostra no magistral artigo com o título “A Crisis of Japanese Democracy?” que está profundamente informado sobre os dilemas em que os japoneses estão envolvidos atualmente. Principalmente depois do triplo desastre em março do ano passado. Se de um lado o governo necessita estimular a economia japonesa, além de recuperar o que aconteceu na sua região nordestina, enfrenta um crescimento de sua dívida pública. Isto exige o aumento dos seus impostos e cortes dos dispêndios do governo, que são recessivos para a sua economia.
Steven K. Vogel
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24 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: artigo sobre a China, suplemento Eu & Fim de Semana, Valor Econômico
Com grande competência, Cyro Andrade elaborou para o suplemento Eu & Fim de Semana, do jornal Valor Econômico, um importante artigo sobre a mudança de comando político que está ocorrendo na China, com a ascensão de Xi Jinping que deve ocupar o posto máximo naquele país em outubro próximo. O artigo se baseia nas informações de Michael Pettis, das Universidades de Pequim e Columbia, que é considerado um dos maiores conhecedores atuais daquele país e escreve regularmente para alguns jornais.
Utiliza, também, o livro de Justin Yifu Lin, o economista-chefe do Banco Mundial, que escreveu “Demystifying the Chinese Economy”, e o trabalho “The Battle for China’s Top Nine Leadership Posts”, publicado por Cheng Li, que é o diretor de pesquisas do John L.Thornton China Center da Brooking Institution, no The Washington Quarterly, deste inverno no Hemisfério Norte. Todas as fontes utilizadas são consideradas do mais alto nível internacional.
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23 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: construção civil e aproveitamento dos pontos de venda, novo edital, redução dos riscos, separação da tecnologia e operação
Um artigo abrangente publicado por Daniel Rittner e André Borges no Valor Econômico informa que um novo edital do trem bala reduz risco cambial e de demanda, ajudando a estimular a concorrência de grupos internacionais no fornecimento de tecnologia e experiência de operação. Eles ficariam separados da construção civil e aproveitamento imobiliário das proximidades das estações, que dependeria de um projeto executivo de engenharia. Segundo o ministro dos Transportes Paulo Sérgio Passos, o assunto estaria pronto para uma reunião envolvendo todos os organismos governamentais relacionados com o projeto, visando a aprovação final da presidente Dilma Rousseff.
Em que pesem os avanços obtidos, ainda cabe uma consideração sobre a forma de financiamento de um empreendimento desta magnitude. Verificando-se as histórias dos projetos ferroviários, sempre se considerou a valorização das regiões beneficiadas como forma de arcar com parte destes elevados custos. Algumas áreas foram destinadas às atividades urbanas e agropastoris, e outras visaram o melhor aproveitamento imobiliário de áreas já existentes nas ferrovias, como pátios, armazéns e demais áreas com elevados potenciais de valorização imobiliária.
Ministro dos Transportes Paulo Sérgio Passos
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22 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: economia de água, economia de alimentos, economia de energia, possibilidades
Um exemplo marcante acabou sendo dado pelo Japão. Afetado pelos fortes desastres naturais, terremoto, tsunami e radiações, o país que sempre enfrentou uma carência de fontes de energia teve que desligar suas usinas atômicas, o que o forçou a uma economia de 30% de toda a energia consumida nacionalmente. Isto foi conseguido com eficiência, sem que nenhum apagão se registrasse no país. Houve uma conscientização e uma colaboração de toda a população, das empresas e entidades públicas, minimizando os sacrifícios de todos.
A população mundial continua crescendo e aspirando por melhores padrões de vida. Em muitos países existem muitas outras limitações que podem ser superadas com a colaboração de todos, de forma semelhante com a feita pelos japoneses. Continua existindo uma carência mundial de alimentos, com povos famintos passando por dificuldades, quando outros estão se alimentando acima do necessário, aumentando doenças com estes excessos. A água potável passou a ser um recurso limitado no mundo e esforços precisam ser feitos para a sua economia. Todo o meio ambiente precisa ser menos danificado para manter a qualidade de vida de todos.
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22 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: criticas ao Keidanren, governança das empresas, Japan Center for Economic Research
O que não era usual no Japão começou a acontecer com as dificuldades por que passa a economia daquele país. Um organismo, o Japan Center for Economic Resarch, uma organização de empresários critica publicamente o Keidanren – Federação das Organizações Econômicas do Japão, a cúpula empresarial japonesa pelo mau desempenho da governança das empresas, que provocaria o comportamento desfavorável de sua economia.
Segundo o economista sênior Masataka Maeda, do Japan Center for Economic Resarch, casos como da Olympus que veio escondendo o seu mau desempenho por anos, e da Daio Paper que apresentou irregularidades nos últimos exercícios, decorrem de suas más governanças. Estas empresas estão sofrendo fortes críticas pelos seus conselhos não serem capazes de prevenir péssimos comportamentos de seus altos executivos.
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22 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: além das Zonas de Exportação, Bangladesh cria 30 Zonas Econômicas Especiais, notícia no Nikkei
Notícia publicada no jornal japonês Nikkei informa que Bangladesh, com uma população de 160 milhões de habitantes, ficando entre a gigantesca China e a Índia, anunciou a criação de mais 30 Zonas Econômicas Especiais, além das Zonas de Exportação já implantadas. Os países do Sudeste Asiático estão disputando os investimentos estrangeiros diretos feitos por países como a Coreia e o Japão, visando não somente aproveitar a mão de obra barata, como o mercado interno que começa a crescer. As Zonas Econômicas Especiais criam condições para que parte da produção seja voltada para o mercado interno, além de uma parcela destinada à exportação com redução de tributos.
O jornal Nikkei obteve uma entrevista com o ministro de Finanças de Bangladesh, Abul Maat Abdul Muhith, mostrando que aquele país está criando as condições para competir com outros do Sudeste Asiático com relação à localização de empresas estrangeiras. Entre as japonesas de destaque, já estão a Fast Retaiiling que usa a marca Uniqlo, que está diversificando os investimentos feitos na China, com a elevação do custo da mão de obra chinesa, como a Mitsubishi Motors que está produzindo veículos esportivos. Também empresas do setor farmacêutico e médico, como a Nipro e a JMI Pharma, já anunciaram em dezembro último os seus investimentos. Estão procurando não depender exageradamente do seu setor têxtil para industrializar também outros produtos.
Se os países sul-americanos, como o Brasil, não acelerarem seus projetos de Zonas Especiais, tanto econômicas como de exportação, poderão perder as oportunidades que estão sendo procuradas por estes investidores internacionais, mesmo que tenham outras condições. Todos reclamaram que o nível da tributação, principalmente no Brasil, é muito elevado, deixando-o pouco competitivo.
20 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: Applied and Environmental Microbiology, artigo de Alexandre Gonçalves, O Estado de S.Paulo, trabalho publicado pelos estudantes de Yale
Um interessante artigo foi publicado por Alexandre Gonçalves no O Estado de S.Paulo, com base no trabalho científico publicado no Applied and Environmental Microbiology pelos alunos de graduação da Universidade de Yale, referindo-se a um fungo amazônico que degrada plásticos em condições semelhantes às de aterro. Como os cientistas norte-americanos identificaram mais de 50 microorganismos que consumiram o petróleo derramado no Golfo do México, é muito provável que estes que degradam plásticos também existam, com grandes potencialidades de aplicação.
Segundo o artigo, duas cepas de Pestalotiopsis microcraspora mostraram enorme potencialidade de degradação dos plásticos de poliretano. O estudante Jonathan Russell identificou e segregou a enzima secretada pelo fungo responsável pelo enfraquecimento das ligações químicas do polímero, mesmo sem oxigênio. Isto teria a possibilidade de diminuir o impacto ambiental do lixo.
Capa do Applied and Environmental Microbiology e imagem do fungo de planta amazônica
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