Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

População e Distribuição de Renda Inclusive no Japão

31 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: 7 bilhões de habitantes, mudanças nas posições de PIB, mudanças rápidas | 4 Comentários »

Com os dados demográficos divulgados pela Divisão de População das Nações Unidas informando que a população mundial atingiu cerca de 7 bilhões de habitantes, ainda que as estimativas não sejam totalmente precisas, a imprensa de todo o mundo dá destaque à esta notícia. O que mais impressiona é que o ritmo deste crescimento está elevado, e os 8 bilhões devem ter atingidos já em 2025, segundo as atuais estimativas demográficas. De outro lado, na Folha de S.Paulo de ontem informa-se que a economia brasileira, segundo estimativas do FMI – Fundo Monetário Internacional, deverá atingir a sexta posição pelo PIB, ultrapassando a do Reino Unido, como decorrência da crise que atinge a economia europeia.

O fato concreto é que estas estimativas demográficas, por mais que estejam sujeitas a erros, são as mais seguras indicações do que deverá acontecer na economia que se tornou volátil. De um lado, a mortalidade infantil vem declinando sensível e firmemente em todo o mundo, ao mesmo tempo em que a expectativa de vida melhora de forma acentuada, permitindo prever um aumento relativo da população idosa. Os países que contam com mais jovens têm melhores possibilidades de aumento do crescimento de suas economias no futuro. Os asiáticos deverão continuar aumentando em número, mas países relativamente jovens como a Índia deverá superar nas próximas décadas até a China, que têm uma população mais idosa.

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Logotipo do FMI e da Divisão de População das Nações Unidas

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Dificuldades do Desenvolvimento Equilibrado

31 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: acadêmicos e autoridades responsáveis, críticas fáceis, engenheiros de obras feitas, limitações da realidade, resultados

Mesmo sem a pretensão de elaborar uma teoria completa, ouve-se com grande frequência críticas sobre os problemas enfrentados pelos processos de desenvolvimento econômicos equilibrados de muitas economias formuladas por acadêmicos que nunca executaram políticas econômicas e são incapazes de entender as limitações das autoridades responsáveis por diversos setores. Parece muito fácil formular críticas e alternativas, principalmente depois que as coisas já aconteceram, quando o futuro já virou passado, pelos chamados engenheiros de obras feitas. Isto, apesar de muitos resultados razoáveis, dentro das limitações existentes, como os observados no Brasil.

Muitos afirmam que o país deveria ter um sistema educacional melhor que proporcionasse igualdade de oportunidades, uma saúde pública preventiva para todos, uma infraestrutura adequada, uma política fiscal equilibrada, um nível de poupanças e investimentos mais elevado, melhor equilíbrio do setor externo, uma política agrícola e industrial mais razoável e outras limitações fáceis de serem apontadas. Não reconhecem que o país, com todas as suas limitações, veio ao longo de muitas décadas registrando uma taxa de desenvolvimento razoável que o coloca entre as economias que atraem hoje muitas empresas estrangeiras que desejam aproveitar as oportunidades que se apresentam, participando do grupo que se denominou BRICs. Que veio corrigindo algumas de seus desequilíbrios mais evidentes, fazendo o que é possível e não o que é desejável.

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Quadra de medalhas do Panamericano no México

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Desejos Japoneses de Participar do TPP e Suas Dificuldades

31 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: Acordo de livre comércio, Parceria Transpacífica – TPP, resistência da agricultura

Um dos problemas que provoca uma acirrada discussão no Japão atual é a sua participação no chamado TPP – Parceria Transpacífica, que já vem sendo discutida entre nove países, os Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia, Chile, Peru, Cingapura, Vietnã, Malásia e Brunei. Os partidários da participação são a favor da maior integração utilizando os mecanismos de livre comércio regionais, principalmente os representantes das indústrias, e os contrários são os representantes da agricultura, que temem pela competitividade dos produtos agropecuários com relação aos fornecedores estrangeiros.

A manchete do The Japan Times de hoje, domingo, anuncia que o premiê Yoshihiko Noda se mostra disposto a anunciar junto com o primeiro-ministro de Cingapura, Lee Hsien Loong, no próximo dia 12 de novembro, a sua participação nas discussões, de forma que o formato da proposta liderada pelos dois países seja discutido por todos os membros na reunião em Havaí em novembro próximo.

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Premiês Yoshihiko Noda, do Japão, e Lee Hsien Loong, de Cigapura

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Observações Pessoais Sobre a Atual Economia Japonesa

29 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: a atual economia japonesa, ativação provocada pela reconstrução, consumo de produtos de luxo, eliminação das restrições, perspectivas

Todas as observações pessoais são perigosas, pois, mesmo procurando o máximo de objetividade, existem vieses decorrentes dos valores que possuímos, além de abarcar somente alguns casos, não representando uma amostra estruturada que permita captar as tendências globais. Mas algumas observações são baseadas em informações divulgadas por entidades confiáveis, como o jornal econômico Nikkei, mesmo com suas limitações, e restrições que foram encontradas no atendimento de algumas demandas específicas.

Os analistas mais experientes relatam que os programas de reconstruçãocomo os que se encontram em andamento na atual economia japonesa costumam ativar o nível de atividade, atingindo de forma diferenciada os diversos setores desta economia. Mesmo que apresente o problema da necessidade de endividamentos públicos adicionais, que no caso da economia japonesa é de muitas vezes o PIB do país, e tenha custos dos mais baixos observados em todo o mundo. As estimativas mais recentes indicam que a economia japonesa deve apresentar um ligeiro crescimento no ano, mesmo com os desastres e a crise da economia mundial. A indústria pesada, automobilística e de produtos eletrônicos podem apresentar problemas, como estão mostrando algumas rentabilidades das empresas que operam na bolsa de Tóquio.

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Fachadas do Hankyu Men’se e do Lumine Yurakucho Tokyo

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Novos Motivos Para Aumento das Tensões com a China

29 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: indícios de petróleo em gás no Mar Sul da China, novos motivos de tensões, território vietnamita contestado

Tem se noticiado com frequência os atritos no Mar do Sul da China, dos chineses tanto com os japoneses, filipinos, vietnamitas e os taiwaneses, principalmente, com o aumento da presença da marinha daquele país na rota vital para o seu abastecimento. Acrescentam-se as potencialidades de recursos naturais disponíveis nestas áreas como as apontadas pelo Financial Times, num artigo escrito por Ben Bland, Leslie Hook e Sheila McNulty. A norte-americana ExxonMobil descobriu na costa do Vietnã gás potencialmente significante nas concessões de pesquisas conquistadas, mas estão em áreas reclamadas pela China, e tanto esta empresa como a BP sofrem pressões para suspenderem suas pesquisas.

Todos os assuntos na imprensa internacional que envolven a China são sempre controvertidos. Mas o Vietnã, por intermédio de sua empresa estatal PetroVietnam, concedeu o bloco conhecido como 118 para a ExxonMobil, dentro dos limites de 200 milhas aceitas internacionalmente, ainda que reclamada pela China. Esta estatal vietnamita vem reclamando que navios chineses provocam constrangimentos e danos para os navios do seu país que efetuam pesquisas, mais de uma vez.

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Mudanças Observadas no Centro de Tóquio

26 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: iluminação anterior ao terremoto, inovações, recuperação do centro

Muitos turistas estrangeiros evitam visitar o Japão neste outono do Hemisfério Norte temendo os efeitos provocados pelos acidentes naturais, como o terremoto seguido do tsunami. Já noticiamos que os hotéis estão fazendo promoções especiais diante deste fato, pois os riscos voltaram aos níveis normais e anteriores. Mas outros aspectos surpreendem aos que estão acostumados com Tóquio, pois notam que as restrições às iluminações não mais existem, e pelo contrário, como noticiou o jornal econômico Nikkei de hoje, novos empreendimentos remodelaram o centro tradicional da capital japonesa, oferecendo novos atrativos na região de Ginza, com preços convenientes. As remodelações imobiliárias que já estão prontas e outras em aceleradas construções surpreendem até mesmo os que recebem notícias sobre elas.

A loja de Departamentos Hankyu Hanshin lançou um exuberante Hankyu Men´s com uma dimensão que não se encontra em nenhuma metrópole do mundo, com as mais conhecidas grifes masculinas internacionais. Tais estabelecimentos costumam atrair as clientes que são melhores consumidoras, e, para elas, ao seu lado foi instalado o Lumine, tendo no meio um moderno relógio que lembra a atração de Praga, na República Checa, que é antiga. Tudo isto renovou o varejo de luxo na parte mais central de Tóquio, que ganha um novo brilho, sem esquecer as partes culturais atuais.

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Turismo e Visitantes Empresariais no Japão

25 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: baixo nível de ocupação dos hotéis, demais custos, promoções interessantes, restaurantes vazios

Até o jornal econômico Nikkei está registrando a substancial queda do movimento dos hotéis no Japão. Estando em visita à Tóquio, é possível constatar pessoalmente a assustadora queda de viajantes, principalmente de estrangeiros, a partir do movimento no aeroporto internacional de Narita que se encontra com sensível diminuição dos usuários, possivelmente ainda com temores dos terremotos e das radiações, cujos riscos são mínimos. O número dos ônibus que transporta os passageiros para os principais pontos de Tóquio, notadamente os hotéis, parece contar com cerca de um quinto das viagens normais.

Estou utilizando o gigantesco Hotel New Otani, que no passado aparentava ser uma estação de metrô, tanto era o fluxo interno de pessoas pelas suas diversas instalações. O hotel está apresentando uma diária reduzida nesta época do início do outono japonês, que é considerada a segunda estação mais utilizada pelos viajantes internacionais.

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Hotel New Otani de Tokyo – Akasaka e Royal Park Hotel

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Nissan é a Mais Agressiva das Montadoras Japonesas

24 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: agilidade de um comando franco-brasileiro, competição acirrada, na China e no Brasil

O respeitado jornal econômico japonês Nikkei informa que a Nissan está disputando com a Hyundai a posição da terceira montadora no mercado chinês, o maior do mundo e que continua com grande dinamismo. Um experiente analista japonês expressa que a Toyota como a Honda, dada a dimensão de suas empresas, se tornaram muito burocráticas, enquanto a Nissan, sob o comando do presidente franco-brasileiro Carlos Ghosn, tornou-se a mais agressiva das montadoras japonesas, com planos de ampliação de seu market share nos países emergentes como a China e o Brasil.

No Brasil, já anunciaram o projeto de instalação de uma nova fábrica em Resende, no Rio de Janeiro, deixando a unidade de Curitiba, no Paraná, somente para a produção de sua associada Renault. Na China, com um marketing agressivo, disputa com a coreana Hyundai a terceira posição no ranking, que vem sendo liderado, com grande folga, pela Volkswagen, seguida pela General Motors, deixando os produtores locais em desvantagem. A Hyundai se mostra disposta a disputar acirradamente a terceira posição que ainda ocupa.

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Vitória da Cristina Kirchner Vista do Japão

24 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: dificuldades do default, exemplo perigoso, vitória da Cristina Kirchner nas eleições argentinas

Todos torcem para que a Argentina recupere o nível econômico que tinha atingido no final da Segunda Guerra Mundial, quando o seu padrão de vida superava o de muitos países europeus, por ter abastecido ambas as partes no conflito mundial. Depois de um longo período do populismo de Juan Domingos Perón e seus seguidores, a Argentina acabou declarando o default, não podendo cumprir seus compromissos internacionais. Agora, Cristina Kirchner conquista uma esmagadora vitória na sua reeleição, com base na boa fase de sua economia, ainda que não tenha resolvido as suas pendências com os credores internacionais.

Numa reunião realizada em Tóquio, nas dependências do JBIC – Japan Bank for Internacional Cooperation, onde Luis Alberto Moreno, presidente colombiano do BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento, apresentou a uma plateia privilegiada um panorama diferenciado da América Latina e Caribe no atual mundo econômico, sentiu-se a perplexidade de alguns diante da situação da Argentina, considerada como possível de se repetir em outros países da região.

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Cristina Kirchner e do Luis Alberto Moreno

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Instabilidades do Mercado Financeiro Mundial

24 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: natureza do mercado financeiro, razões de otimismo, tendências de um prazo mais longo

O consagrado jornal econômico de influência mundial, The Wall Street Journal, publicou uma extensa matéria sobre o comportamento maníaco depressivo do mercado financeiro, assunto sobre o qual estão mais que habilitados a noticiarem. Existem alguns aspectos que mostram que medidas mais realistas estão sendo adotadas e que podem criar uma perspectiva de prazo mais longa, que não seria necessariamente pessimista.

Noticia-se, em diversos jornais, sobre os fortes terremotos que foram registrados na Turquia, um dos países europeus que vêm registrando um comportamento razoável como um dos países emergentes mais promissores. Vendo o que ocorreu no Japão, constata-se que os programas de reconstrução acabam estimulando a economia, mesmo com o elevado endividamento. O esforço acaba sendo um desafio a ser enfrentando, galvanizando as energias de um povo no esforço pela superação do que foi destruído.

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