4 de junho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: empresas asiáticas, instalações em outros países, operação globalizada
Procurando acompanhar o comportamento de diversas empresas asiáticas, nota-se uma tendência cada vez mais acentuada na procura diversificada de suas presenças produtivas e operacionais em diversos países, notadamente na Ásia. Que continua apresentando um crescimento acentuado, com destaque para a China e a índia, mas se espalhando por outros vizinhos.
Comportam-se como se fossem indiferentes, e estivessem dentro de um mesmo país, com pequenas diferenças regionais. Ainda que as moedas sejam diferentes, observa-se que este comportamento é possível, pois seus juros e impostos costumam ser baixos, e as tarifas continuam caindo com o crescente estabelecimento de acordos de parceria econômica ou de livre comércio. As empresas procuram os mercados mais promissores, levando em conta os custos dos salários, que ainda apresentam diferenças, mas estão se atenuando.
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28 de maio de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: cultura empresarial, desaparecimentos, gerações diferentes, importância na agricultura
O jornal Valor Econômico noticia, lamentavelmente, que a família Maeda alienou o controle do seu grupo empresarial, que ficou com um fundo, o Arion Capital, controlado por espanhóis, que ainda vai continuar seus exames. Este fundo vem efetuando investimentos no Brasil, tendo começado pelo setor imobiliário. Com isto, desaparece mais um importante grupo empresarial de descendentes de imigrantes japoneses, que aparentemente tem um grande passivo financeiro, que deverá ser reestruturado.
O grupo Maeda foi um dos pioneiros no cultivo do algodão em grande escala, o que vem fazendo há gerações, continuando de controle familiar, com tentativas de profissionalização dos seus executivos. A cultura do algodão envolve riscos elevados, tanto pelos muitos insumos que utiliza como pelas flutuações dos seus preços no mercado internacional, acabando por exigir substanciais créditos rurais. O grupo veio diversificando suas atividades, tanto para soja, pecuária como participação na produção de etanol, entre outros produtos de origem rural.
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25 de maio de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: pesquisas chinesas na Índia, Sony com a Samsung, trabalhos transnacionais conjuntos
O que pode parecer estranho para os ocidentais está acontecendo entre os asiáticos, mostrando que eles são mais pragmáticos que aparentam, principalmente quando se trata de negócios. Os gigantes em eletrônica, como a coreana Samsung e a japonesa Sony, estão trabalhando em conjunto, entrando na sua terceira fase de colaboração conjunta, como noticia a MK Business News.
E as empresas chinesas de telecomunicação estão instalando suas unidades de pesquisa na Índia, como consta de um artigo publicado no Nikkei, pois alguns dispositivos não são podem ser exportados para a China, por motivo de segurança nacional, possivelmente inspirado pelos norte-americanos.
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23 de maio de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: dificuldades do passado, notícias sobre transferências, situação presente | 2 Comentários »
Impressionam as inúmeras notícias sobre indústrias japonesas que estão ampliando suas atividades na China, chegando algumas a se transferir para aquele país, e até serem absorvidas por empresas chinesas. Enquanto o mercado japonês encontra-se estagnado por muitas décadas, a expansão chinesa continua elevada, agora baseada na utilização do imenso potencial do seu mercado interno.
No passado, quando em algumas atividades a mãos de obra intensivas já não suportavam os elevados salários japoneses, estas transferências deveriam estar ocorrendo paulatinamente. Os japoneses temiam que os empregos no Japão rareassem, mas o que ocorre recentemente é que sua população deixou de crescer, e para algumas atividades eles necessitam importar imigrantes temporários do exterior
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23 de maio de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: atividades sustentáveis, indústria automobilística, infraestrutura
Alguns analistas avaliam que economias industrializadas como a norte-americana ou a japonesas não apresentam o dinamismo que possuíam no passado. Mesmo que isto esteja ocorrendo, suas dimensões, tecnologias disponíveis, capacidade empresarial e possibilidades de investimentos não podem ser desprezadas. O que ocorre é que as suas empresas mais importantes estão efetuando investimentos em economias emergentes.
Verificando os planos de investimentos das empresas japonesas, o jornal econômico Nikkei constata que as suas empresas automobilísticas estão com planos concretos para ampliar suas instalações na China e na Índia. As empresas capazes de produzir equipamentos para a infraestrutura também estão com seus orçamentos preparados. Algo semelhante ocorre com as que possuem tecnologia para melhoria do meio ambiente.
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22 de maio de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: BRIC, indústria automobilística, novos modelos
A jornalista Marli Olmos, do Valor Econômico, com sua reconhecida competência, publica hoje dois artigos sobre os desafios da indústria automobilística nos países conhecidos como BRIC – Brasil, Rússia, Índia e China. Baseia-se nos estudos elaborados pela BCG – The Boston Consultant Group, que consultou 250 líderes deste setor que operam em todo o mundo.
As reportagens proporcionam dados preciosos sobre a evolução destas empresas no mundo, notadamente nos BRIC. E conclui que as diferenças de padrões de consumos nestes países desafiam as montadoras, apesar das demandas continuarem crescendo nestas economias, bem como suas produções.
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13 de maio de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: competição acirrada, coreanos, energia nuclear, Toshiba, Westinghouse
Um expressivo artigo foi publicado no jornal Valor Econômico, “Toshiba colhe frutos de aposta nuclear”, do jornalista Daisuke Wakabayashi, do jornal The Wall Street Journal. Está baseado numa entrevista concedida pelo Norio Sasaki, presidente da Toshiba.
Como noticiado em 2006, a Toshiba assumiu o controle da poderosa norte-americana Westinghouse Eletric Co., grande fornecedora de usinas nucleares nos mercados mundiais, principalmente nos Estados Unidos. Na realidade, tais usinas já contavam anteriormente com muitos componentes da Toshiba.
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12 de maio de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: contenção das despesas, recuperação das vendas, resultados positivos
São crescentes as notícias de empresas asiáticas, de diversos países, que estão registrando a volta aos lucros neste começo do ano. Superadas as fases mais críticas da crise que se abateu sobre o mundo todo, as empresas, além de tomarem medidas para recuperar suas vendas, com inovações de todas as naturezas, usaram este período para efetuar cortes nas suas despesas.
São comuns as empresas, durante os períodos mais brilhantes, ficarem acomodadas ao crescimento natural das vendas, deixando de fazer as adaptações para as mudanças que se observam, naturalmente, nos diversos mercados. Elas tendem a serem mais condescendentes com as despesas, deixando cortas os desperdícios que vão se acumulando.
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8 de maio de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Destaque, Empresas | Tags: competição em eletrônicos, foco nos setores relacionados com o meio ambiente
Outra matéria do jornal econômico Nikkei informa que a japonesa Panasonic diante da Samsung coreana está com as vendas de televisões de tela plana pela metade. E os lucros ficam na faixa de um sexto. Diante deste fato, a Panasonic, como uma forma de reação, está focando nos produtores que sejam amigos do meio ambiente, onde possuem melhor poder de competição.
Assim, seus projetos estão se voltando para a os equipamentos que usam baterias elétricas, com o uso de “lithium íon”. Ou células de captação de energias solares.
Pode-se acrescentar que, como a América do Sul dispõe de reservas de lítio, a concorrência na área está aumentando. Correm notícias que a Panasonic, que hoje detém também o controle da Sanyo, no conjunto é altamente competitiva nestas baterias. Estaria se cogitando da instalação de uma unidade industrial no Brasil para esta finalidade muito brevemente.
5 de maio de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: críticas construtivas, estímulos às mudanças
Todos reconhecem o importante papel que a imprensa responsável pode desempenhar nas mudanças que devem ocorrer numa economia. Nota-se, há algum tempo, que o importante jornal japonês Nikkei vem publicando comparações entre empresas coreanas, que conquistam espaços adicionais, e as japonesas, cujas reações ainda são consideradas insuficientes.
Publica-se na edição de hoje uma comparação das duas principais siderurgias, a Posco coreana e a Nippon Steel. Como é do conhecimento geral, esta empresa japonesa nasceu da fusão da estatal Yawata com outras, tornando-se privada, e exerceu um papel de forte liderança no período que ficou conhecido como “milagre japonês”. Ajudou a conquistar com a sua liderança e o seu forte entrosamento com o governo e toda a indústria pesada japonesa a imagem do “Japan Inc.”.
A Posco coreana consolidou-se sob o forte comando de um general cuja educação completou-se no Japão. Depois que terminou a Guerra da Coreia que, infelizmente, dividiu-a entre a do Sul e a do Norte, vem desempenhando uma importante liderança no país. Aperfeiçoou muito do que ocorria entre os japoneses, estabelecendo um claro objetivo de longo prazo, evitando o orgulho nipônico que resultou numa pesada estrutura, que poderia se justificar no seu período áureo.
O Nikkei ressalta que os resultados obtidos neste começo de 2010 pela Posco superam os resultados da Nippon Steel em muito, inclusive no seu valor de mercado. E lista as principais razões para tanto. O principal cliente da japonesa é a Toyota que enfrenta dificuldades, enquanto o da coreana é a Hyundai que vem conquistando espaços adicionais. As japonesas Panasonic e Sony estão sendo superadas pela coreana Samsung.
As duas grandes plantas da Posco estão conseguindo reduzir seus custos com grande eficiência, oferecendo prêmios aos seus funcionários pelos resultados, já há alguns anos. A expansão externa da siderúrgica coreana tem sido mais agressiva visando reduzir seus custos de transporte.
Outro setor em que a coreana é beneficiada é o fornecimento para a indústria de construção naval que não encontra rival desde que o Brasil cometeu o erro de não continuar com a expansão da sua.
Esta concorrência entre os coreanos e os japoneses deve servir de um importante alerta para os brasileiros, que parece descansar sobre os seus louros, enquanto outros emergentes ganham espaço no mercado internacional com maior velocidade, reduzindo seus custos. Que a nossa imprensa seja tão rigorosa como a japonesa nestas comparações internacionais.