16 de julho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo na revista científica Nature, aumento dos problemas de sustentabilidade, presença de metano nas águas utilizadas para a exploração do xisto
Nature é considerada mundialmente uma das mais prestigiosas revistas científicas, sendo extremamente rigorosa nas informações que divulga decorrentes de trabalhos efetuados pelos cientistas. Noticiam que aumentam as dificuldades de sustentabilidade da exploração do xisto para a produção de petróleo e gás, mediante o fraqueamento (fracking) das rochas com o uso de água e produtos químicos, como vem sendo efetuado nos Estados Unidos. Os cientistas liderados pelos pesquisadores que atuam na Duke University, Carolina do Norte, USA, identificaram traços de metano e outros contaminadores nas águas subterrâneas na formação chamada Marcellus, que fica abaixo dos Estados de Nova Iorque, Pensilvânia, Virgínia Ocidental e Ohio.
Eles constataram que as taxas de contaminação aumentam com a aproximação dos poços utilizados, e vão, a um passo além, identificando os produtos químicos contaminantes das águas subterrâneas para a produção do gás de xisto, que está sendo extraído de profundidades que vão de 2 a 3 mil metros. Segundo Rob Jackson, diretor do Centro das Mudanças Globais de Duke, a contaminação é, provavelmente, mais frequente do que aparenta, devido aos equipamentos pobres utilizados do que do fraqueamento hidráulico das rochas em si, mas seria um sinal de alerta para as empresas que operam as perfurações.
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16 de julho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo no Reuters sobre a reciclagem da água utilizada, as discussões no Reino Unido, os problemas em outros países
Um assunto que vem sendo tratado por muitos artigos publicados nos mais variados veículos de comunicação social do mundo é o da extração do petróleo e o gás do xisto, mediante a fragmentação hidráulica de suas rochas com o uso abundante da água com produtos químicos. Entre outros problemas de sustentabilidade, existe uma forte pressão para a redução da água que está se tornando um produto raro em diversas regiões. O custo de seu transporte passa ser importante nesta exploração. Algumas empresas como a Halliburton, Baker Hughes e FTS International nos Estados Unidos estão tratando a água de poços já utilizados para o seu reuso. Mesmo empresas menores estão adotando as mesmas tecnologias. Uma equipe da Reuters elaborou um longo artigo sobre o assunto.
Até recentemente, muitas empresas consideravam a reciclagem muito cara, usando somente as frescas. Mas elas estão sendo forçadas as reutilizações que, feitas em grande escala, acabam baixando seus custos, e contando com alto teor de sal proporcionam melhores resultados. Os ambientalistas afirmam que estas empresas nada fazem para evitar a contaminação das águas subterrâneas e só facilitam a extração de combustíveis fósseis que produzem gases que contribuem para o aquecimento do clima, não resolvendo seus problemas.
Campos de exploração do xisto
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16 de julho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: exagero de artigos sobre o assunto, impacto mundial, preocupações com uma desaceleração descontrolada
Todos que acompanham a economia chinesa e mundial ficam impressionados com a quantidade de artigos que estão sendo publicados no mundo sobre o assunto. As estimativas oficiais que começaram a ser publicadas por trimestre também na China indicavam uma estimativa anualizada de 7,7% no primeiro trimestre e agora de 7,5% no segundo trimestre, havendo preocupações com uma cifra menor que a esperada pelas autoridades chinesas para 2013, que era de 7,5%. Na realidade, os resultados que vêm sendo obtidos no mundo são bem mais modestos, e todos esperam que o crescimento da China ajude os demais países na continuidade de sua recuperação, inclusive o Brasil, os Estados Unidos, o Japão como a Europa como um todo. Este exagero de artigos publicados parece indicar a preocupação de uma maior desaceleração da China, que não consistiria num soft landing para permitir as reformas visando maior dependência do mercado interno, e redução da dependência das exportações.
Na realidade, as contas nacionais de qualquer país é uma aproximação que não permite um nível de precisão como os analistas pretendem atribuir. São o que os profissionais de economia denominam de proxy, ou seja, uma aproximação tomando alguns indicadores que são considerados relevantes, notadamente quando se referem às estimativas trimestrais. No passado, os analistas se preocupavam com as deficiências das estatísticas chinesas, considerando-as pouco confiáveis.
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16 de julho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: dificuldades analisadas pelo The Economist, dois artigos sobre o assunto, esporte mais popular do mundo, os variados problemas existentes
Todos sabem que, lamentavelmente, os esportes profissionais que envolvem cifras astronômicas estão sujeitos às ações costumeiras dos criminosos. Quando o Japão resolveu criar a sua J. League efetuou um estudo que mostrava que a metade dos recursos publicitários envolvendo todos os esportes no mundo se destinava ao futebol, que desperta a paixão de pessoas simples como sofisticadas na maioria dos países, pobres ou desenvolvidos. A revista inglesa de circulação universal The Economist publica dois artigos que relacionam algumas atividades ilícitas que envolvem este esporte. Se existem brasileiros que pensam que estas irregularidades são marcas nacionais podem ficar aliviados, pois ocorrem por toda a parte, apesar dos esforços para coibi-los.
As autoridades procuram auxiliar este esporte ocasionalmente, pensando promover o país e quando necessário utilizando a sua força policial. Como em muitos países existem pesadas apostas envolvendo os resultados, a revista aponta que existem gângsteres profissionais envolvidos no futebol. São até cômicas as histórias conhecidas sobre estas manipulações, como de times falsos de alguns países, e muitas associações nacionais como o da China foram atingidas por descréditos públicos. Grandes esforços estão sendo feitos para evitar estas pragas, com pouco sucesso.
Joseph Blatter, presidente da FIFA
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15 de julho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo de Fernando Lopes para o Valor Econômico, dados interessantes, Ibre/FGV, Índice de Desenvolvimento Rural, novas sugestões | 2 Comentários »
Um importante artigo foi publicado hoje por Fernando Lopes no Valor Econômico com o título “Novo índice mapeia desenvolvimento rural”. O trabalho foi encomendado pela CNA – Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil para a IBRA/FGV – Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, tendo sido liderado por Ignez Lopes, Mauro Lopes e Daniela Rocha. Baseado nos dados do Censo Agropecuário de 2006 e Censo Demográfico de 2010, elaborou-se o IDR – Índice de Desenvolvimento Rural que leva em consideração dimensões distintas com pesos diferentes: social (30,1%), econômica (29,5%), demográfica (22,8%) e ambiental (17,6%). Utiliza recomendações como a da OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico.
As conclusões retiradas das análises efetuadas permitem algumas discussões, pois sugerem que o Centro Oeste apresentou os melhores resultados, enquanto as novas regiões ocupadas pelas produções de grãos, como o Maranhão e o Piauí, ainda se colocam entre os piores. Parece necessário, no mínimo, que se considere o tempo em que estas regiões foram ocupadas pelas fronteiras agrícolas brasileiras. No Centro Oeste, a ocupação mais intensa ocorreu na década dos 70 do século passado com migrantes provenientes do Sul, enquanto as regiões mais ao norte são mais recentes neste tipo de atividade, pois no passado eram de pecuárias extensivas e tradicionais. Também não parece adequado o uso deste novo índice para comparar pequenos municípios, quase uma fazenda, com os grandes, que apresentam uma larga complexidade e diversidade.
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13 de julho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: otimismo oficial e dos empresários, primeira queda das reservas, problemas sociais, recuperação da economia japonesa
Depois de um longo período de baixo crescimento da economia japonesa, o governo de Shinzo Abe vem procurando estimular o seu crescimento, agravado pelo terremoto do seu nordeste, com a ajuda de Haruhiko Kuroda, governador do Bank of Japan. Vem adotando um easing monetary policy, à semelhança dos Estados Unidos, provocando uma sensível desvalorização do yen, para tornar competitivas suas exportações no mercado internacional. Os empresários expressaram na pesquisa trimestral conhecida como Tankan a disposição de aumentar seus gastos de capital. É preciso entender que o Japão está passando por uma eleição, onde o governo espera conseguir a maioria também na Câmara Alta, o que já dispõe na Câmara Baixa, para ajudar a promover reformas constitucionais, aumentando sua capacidade de defesa externa. Tudo parece correr bem, mas existem algumas preocupações com suas reservas estrangeiras como nas condições sociais dos idosos.
O novo governo japonês vem fazendo variados pronunciamentos e tomando medidas para estimular a sua economia, que só pode ocorrer de uma forma lenta, até porque a economia mundial ainda apresenta preocupações significativas, como o FMI vem indicando, não só com a redução do crescimento das economias emergentes como também as dificuldades enfrentadas pelos Estados Unidos, inclusive o Japão. A China é um parceiro estratégico do Japão, que é o seu maior parceiro comercial, e, com os seus problemas, a desaceleração do seu crescimento aparenta ser mais acentuada que os seus governantes gostariam.
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12 de julho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: correções indispensáveis, desigualdades nas aposentadorias, fator previdenciário
Entre as discussões e reivindicações mais legítimas que estão sendo apresentadas, mas que contam com menores racionalidades, estão as relacionadas com as aposentadorias, com sindicalistas e outros solicitando o fim do fator previdenciário. Como se trata de um assunto que envolve complexos cálculos atuariais, necessitaria ser colocado de forma mais simples e prático, para a compreensão de todos. Muitos reconhecem que a população do mundo está aumentando a sua expectativa de vida, mesmo havendo muitas reclamações sobre os serviços de saúde, com mais idosos que necessitam ser atendidos pelas aposentadorias, muitas vezes sem que tenham contribuído para a constituição de um fundo adequado para tanto. Existem até autoridades como o presidente Ernesto Geisel que aprovou a aposentadoria aos trabalhadores rurais, sem que eles tenham contribuído durante a sua vida, como se pudessem ser gerados recursos para honrar estes compromissos, sem que alguém pague para tanto.
Os países europeus que abraçaram a social democracia, procurando dar o máximo de assistência social para a população sem a acumulação adequada de recursos para tanto estão enfrentando suas dificuldades que estão levando à estagnação de suas economias. As aposentadorias em muitos países, como os asiáticos, sempre foram baixos, exigindo que a população acumulasse um patrimônio para enfrentar o seu futuro, acabando por provocar uma elevada taxa de poupança. Que as aposentadorias sejam pagas no Brasil para os trabalhadores do setor privado, que são a grande maioria, não há nenhuma dúvida. O que parece extremamente injusto é que os aposentados do Judiciário recebam muitas dezenas de vezes mais que os das empresas privadas, de forma escandalosa. A seguir, vêm os do Legislativo e depois do Executivo, sendo que em algumas estatais suas cifras são absurdas, todas sustentadas pela contribuição pelas contribuições tributárias de todos os brasileiros. Isto explica em parte a elevada procura dos concursos públicos para obterem estes privilegiados lugares, apesar da aspiração de um Estado menor.
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12 de julho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: assuntos importantes, inundação de notícias no mundo e no Brasil, leituras prioritárias, tarefas estratégicas
Mesmo os economistas experimentados na escolha de prioridades acabam ficando confusos diante da avalanche de notícias do Brasil e do mundo, de diferentes profundidades e velocidades, até para selecionar as que merecem uma atenção maior no tempo limitado. É evidente que todos possuem suas preferências, mas existem assuntos que provocam maior impacto em toda a sociedade humana que também se globalizou, tanto no presente como nas suas consequências para um futuro mais longínquo. As condições básicas estão se alterando mesmo em variáveis que eram mais estáveis como os dados demográficos, com o aumento da perspectiva de vida e consequentemente dos idosos, apesar dos reclamos para a melhoria dos serviços de saúde. Mesmo com as restrições protecionistas, o mundo está acelerando a sua globalização, tanto de informações como de todos os bens, inclusive dos serviços.
Na acirrada competição que se observa no mundo, os avanços tecnológicos está permitindo a elevação da produtividade dos recursos humanos, sendo que a educação e as pesquisas parecem determinar diferenças significativas entre países na sua evolução. Alguns países contam com lideranças mais qualificadas, bem como sistemas de administração democrática que permitem tirar proveito dos escassos recursos que dispõem, ajustando-se com menos atritos às mudanças que estão ocorrendo com maior ou menor eficiência. As aspirações por maior liberdade se manifestam por todas as partes, mesmo havendo restrições variadas. Nem todos contam com a consciência que a convivência entre pessoas que pensam diferentes exige um mínimo de organização, com capacidade de aperfeiçoamentos. Que as limitações de todos os recursos disponíveis impõem a escolha de prioridades, e que muitas demandas só podem ser atendidas depois de algum tempo, pois o mundo on time só existe em alguns setores.
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11 de julho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: baseados no exemplo dos Estados Unidos, problemas encontrados, tentativas da China e da Polônia
Dado o sucesso obtido pelos Estados Unidos no aumento da produção do gás e do óleo do xisto, mesmo com os problemas ecológicos existentes, todos os países que possuem abundância do xisto estão envolvidos nos esforços para o mesmo tipo de aproveitamento econômico. No entanto, estão se constatando diferenças que estão mostrando que nem sempre o mesmo resultado pode ser obtido, por variadas razões. As estruturas das rochas de xisto aparentam apresentar diferenças pelas diversas regiões onde ocorrem estas estruturas, além do elevado consumo de água, que nem sempre estão amplamente disponíveis. Um artigo publicado por Kate Mackenzie no Financial Times relata as dificuldades que estão sendo encontradas na China e na Polônia.
Todos os países procuram obter sua independência energética, e se entusiasmaram com a disponibilidade do xisto, em maior ou menor quantidade. Na Polônia, dispõe-se de uma geologia propícia e o seu governo estava entusiasmado e na China há vasta disponibilidade aparente e capacidade de explorar estas possibilidades. No entanto, ambos os países estão demorando a atingir uma produção expressiva do gás do xisto como previsto, indicando que nem sempre a tecnologia utilizada nos Estados Unidos proporcionam os mesmos resultados.
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9 de julho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: análise da economia indiana, artigo de Ashoka Mody no Projetct Syndicate, desvalorização da rúpia, infraestrutura deficiente, necessidade de aumento da produtividade, problemas inflacionários | 2 Comentários »
Neste site, temos insistido que o Brasil não é uma economia com condições muito diferentes de outros grandes países emergentes. Um artigo publicado pelo economista Ashoka Mody, professor visitante da prestigiosa Princeton University, publicado no Project Syndicate, informa que está ocorrendo na Índia uma rápida desvalorização da rúpia de 11% deste maio último. Na realidade, a guerra cambial desencadeada pelos Estados Unidos com a sua política de easing monetary policy procurando ativar a sua recuperação econômica força muitos países a reagirem para preservar a sua competitividade, o que vem acontecendo mesmo no Japão. Mas isto cria problemas adicionais semelhantes nas economias emergentes, como o aumento das pressões inflacionárias, bem como dificuldades de muitas empresas com o endividamento em moedas estrangeiras, situações semelhantes na Índia e no Brasil.
A Índia vinha crescendo a elevadas taxas de 8 a 10% ao ano entre 2004 a 2007, e reformas foram efetuadas para estimular os empresários e atender as aspirações de sua população. Os hindus se destacaram na prestação de serviços de informática. Mas a infraestrutura não acompanhou suas necessidades, bem como as educações coletivas ficaram defasadas. As suas manufaturas não conseguiram obter dinamismo para ocupar os mercados externos, segundo o articulista.
Ashoka Mody
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