19 de março de 2021
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Saúde | Tags: 11.787.600 casos, acumulados de 287.793 mortos, Comportamento alarmante, dados até as 20h brasileiras de ontem (18/março/2021), dados do consórcio de jornais, descontrole nas transmissões, presidente Jair Bolsonaro contra estados que decretaram lockdown, publicado no Estadão
Um artigo de Paulo Favero, publicado no site do Estadão, mostra as mortes diárias (em vermelho) e as médias semanal dos últimos dias (em preto), num gráfico assustador. Nas bolas na parte debaixo figuram os dados acumulados de mortes, sendo a última de 18 de março (ontem) de 287.785. Os dados começam em 17 de março de 2020 terminando ontem.
Parte que foi possível copiar, mostrando a evolução das mortes devido à Covid-19 no Brasil
O consórcio dos jornais foi formado pelo Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha de S.Paulo e UOL, em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde. Segundo os números do governo, foram recuperadas 10.399.432 pessoas. No artigo não consta a informação de quantos foram vacinados.
Os prefeitos e os governadores, baseados nas recomendações dos especialistas, estão aconselhando isolamentos, inclusive o lockdown, diante das filas por leitos nos hospitais e falta de medicamentos para entubação, mas o presidente está contra, ameaçando com medidas judiciais.
Os jornais brasileiros estão muito críticos ao governo e a morte do senador major Olimpio provocou preocupações entre os parlamentares. Deve se notar que o chefe dos Ajudantes de Ordem do presidente teve o mesmo lamentável destino. Até agora parece que existem dois ministros da Saúde, pois um não foi ainda empossado, mas fala tanto como o demitido. A Datafolha registrou que 79% dos entrevistados consideram a saúde fora de controle.
Mas existem muitos que afirmam que é o governo que está sem um comando adequado, com a indicação do novo presidente do Banco do Brasil, Andre Brandão, cujo ex-presidente Rubens Novaes afirma que é como nomear um coronel como ministro do Exército.
Mesmo evitando um pessimismo exagerado, nota-se que os veículos de comunicação social estão noticiando muitos fatos preocupantes, com o governo nomeando um militar para cuidar deste setor. Parece ser necessário rezar e muito, pois o governo retirou encargos das igrejas.
18 de março de 2021
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Saúde | Tags: dados da Datafolha, mudanças que podem estar incorretas, necessidades de medidas radicais, notícias preocupantes
Ninguém gosta de confirmar notícias preocupantes, mas a situação no Brasil chegou a ponto que não pode ser ignorada. O supervisor dos Ajudantes de Ordem, sargento Silvio Kammers, do presidente Jair Bolsonaro faleceu vítima da Covid-19, ele que tinha missão de ficar ao seu lado. Ao mesmo tempo, 2.798 pessoas perderam a vida em um dia no Brasil pelo mesmo motivo, batendo recorde. Datafolha, que faz as pesquisas de opinião, anuncia uma feita nos últimos dias 15 e 16 de março, onde 54% dos entrevistados deixaram de apoiar o governo, e que 43% responsabilizam o próprio presidente pela situação no setor sanitário. Anuncia-se que um cardiologista, Marcelo Queiroga, assume o ministério da Saúde, quando o problema aparenta ser de outro setor, que fica na cabeça.
Cardiologista Marcelo Queiroga, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologista, confirmado como o novo ministro da Saúde
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18 de março de 2021
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: ampliando as atividades no Brasil, artigo do Broad Agro publicado no Estadão, Notícia alvissareira, setor de defensivos químicos e biológicos
Um artigo extenso foi preparado por Leticia Pakulsli, Clarice Couto, Isidora Duarte e Juliana Martins, da Broad Agro, e publicado no site do jornal Estadão, ainda que o valor da operação seja pequeno, mas exigiu estudos importantes. Investir no Brasil nestes tempos adversos exige muito cuidado pelos riscos envolvidos. A operação visa impulsionar as vendas de defensivos químicos e biológicos, o que já era feito com parcerias. A produção de herbicidas será feita na fábrica de Maracanaú, no Ceará. Também serão instalados dois centros de distribuição em Ariquemes, em Rondônia, e Querência, no Mato Grosso, e ampliados os laboratórios em Mogi-Mirim, no Estado de São Paulo.
A aposta principal da Sumitomo Chemical será efetuada na soja, com fungicidas contra a ferrugem que deverão chegar ao mercado em 2021/2022. As matérias-primas deverão ser importadas do Japão, China e Estados Unidos.
A Sumitomo Chemical desenvolveu um fungicida contra ferrugem e aposta aqui no Brasil em seu uso nas plantações de soja. Foto: JOSÉ MARIA TOMAZELA/AE.
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13 de março de 2021
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: 9 trilhões, Cautelosos avanços nos EUA, exemplo para outros países, maturação demorada, plano geral para a aplicação de US$ 1, redução das mortes com a Covid-19
Ainda que alguns mais apressados estejam expressando suas preocupações com analistas considerando lento o comportamento do novo governo comandado pelo presidente Joe Biden nos Estados Unidos, tudo indica que ele está sendo cauteloso e deverá programar o plano para aplicação dos US$ 1,9 trilhões aprovados pelo Congresso daquele país, com a clara consciência que tudo demanda algum tempo para proporcionar seus frutos.
Mesmo sendo os Estados Unidos um país onde os estados são bastante independentes até para executarem planos sanitários, já vem ocorrendo uma redução substancial das mortes e contaminações decorrentes da pandemia Covid-19, mesmo que os dados ainda sejam elevados. O plano de aplicação dos US$ 1,9 trilhões parece realista, dando prioridade para os menos privilegiados, ainda que a dívida pública deva sofrer substancial elevação naquele país. Como os Estados Unidos continuam sendo importantes no mundo, seus exemplos devem estimular muitos outros países. Espera-se que também o Brasil venha a ser beneficiado, mesmo com o confuso governo que está no seu comando.
Gráfico constante do site do The New York Times, cujo artigo vale a pena ser lido na sua íntegra, mostrando novos casos de afetados pela Covid-19
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13 de março de 2021
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Política, Saúde | Tags: dificuldades políticas, Mortes em ascensão, procura de soluções, surpreendem o mundo
Por mais que se procurem notícias estimuladoras para os brasileiros, não é possível fechar os olhos para a dura realidade que atinge a população, que é mais arrasadora para os menos privilegiados do país. O contraste com o que acontece no resto do mundo, que já é alarmante infelizmente, chama a atenção da imprensa internacional. Muitos chegam até ao desespero, que nada ajuda, mas países como os Estados Unidos chegam à decisão de utilizar US$ 1,9 trilhões para resolver seus problemas, enquanto o Brasil não tem condições para mobilizar frações desta cifra.
O Brasil chegou a 2.349 mortes diárias devido à pandemia da Covid-19, estando totalmente desorganizado para enfrentar esta situação. Ao mesmo tempo se discute as possibilidades da próxima eleição presidencial que ainda está distante, com a possível volta de Lula da Silva para fazer frente à calamidade chamada Jair Bolsonaro e seu governo.
Lula da Silva volta a ter possibilidade de disputar a próxima eleição presidencial
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10 de março de 2021
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: ela promete medidas duras, repercussão na imprensa mundial, se o problema central é o racismo fica mais grave, Um problema que aparentava ser mais simples
Muitos imaginavam que a questão levantada pelo príncipe Harry e Meghan Markle na entrevista concedida para a famosa Oprah Winfrey fosse simples e superficial, para ter grande repercussão. Mas na medida em que o ponto central se torna o racismo no Palácio Buckingham, o problema torna-se muito mais grave. A rainha Elizabeth II parece estar tratando da investigação indispensável com toda a importância que o assunto merece, muito mais sérias que as primeiras reações de membros da família imperial do Reino Unido.
Foto da entrevista da agência noticiosa AFP publicada no site do Estadão, cuja matéria vale a pena ser lida na sua íntegra
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7 de março de 2021
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: artigo publicado no jornal japonês Mainichi, contribuição do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Pesqueiro, evitando pragas que impediam seus crescimentos, Recuperação da produção de ostras em Saga no Japão, uso de anêmonas nas conchas | 2 Comentários »
Um artigo elaborado por Mio Ikeda, da sucursal de Saga do jornal japonês Mainichi, informa que a produção de ostras na região voltou a crescer depois que foi descoberta uma substância que aparecia na concha e impedia o crescimento do seu conteúdo. Em 2016, a produção naquela região era de 97 toneladas, caiu para 34 toneladas em 2018 e ficou somente com 12 toneladas em 2019, inviabilizando a atividade.
Esta foto mostra ostras com anêmonas do mar anexadas.(Foto cortesia do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Pesqueiro da Prefeitura de Saga
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7 de março de 2021
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: Artigo de Érica Fraga publicada na Folha de S.Paulo, casos no Brasil, dificuldades culturais no Japão, discussão provocada pela economista norte-americana Claudia Goldin
Um artigo de Érica Fraga sobre a melhoria da remuneração das mulheres competentes no Brasil, publicado na Folha de S.Paulo, chama a atenção dos leitores. O assunto foi provocado pela economista norte-americana Claudia Goldin, que o colocou em pauta no mundo. No Japão, as tradições culturais parecem provocar uma melhoria mais lenta.
Comparando os dados brasileiros de 2010 e 2019, para os homens e mulheres, chegou-se que elas, com curso superior, em algumas modalidades conseguiram mais melhorias do que os homens e muitas pessoas admitem que elas sejam mais dedicadas, empenhando-se mais nos estudos. No Japão, parece haver uma tendência cultural que elas se dediquem mais aos afazeres domésticos e aos filhos, ainda que existam honrosas exceções.
As mulheres são maiorias nas universidades brasileiras e suas remunerações estão melhorando
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7 de março de 2021
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: A carreira num banco nikkei, auxiliar de pesquisa no Instituto de Administração da FEA-USP, completado o curso de Técnico de Contabilidade, fazendo o curso de Economia da FEA-USP, outras visões complementares
Quando trabalhava num banco nikkei, tendo como veteranos estudantes da FEA-USP, eu havia sido beneficiado por todas as gratificações e aumentos salariais concedidas aos funcionários e alimentava em muitos a expectativa de uma boa carreira para mim naquela instituição. No entanto, fui informar aos responsáveis pelos recursos humanos que deixaria a instituição por um cargo modesto no Instituto de Administração da FEA-USP, até com remuneração mais baixa, o que surpreendeu a muitos. Já cursava Economia e fui ser auxiliar numa pesquisa de um sociólogo, que se tornou depois professor daquela escola. Ele tratava dos assuntos como os indicadores sociais do desenvolvimento, quando os economistas se concentravam nas contas nacionais para tanto. Eu acreditava que estando ligado, mesmo indiretamente, com atividades acadêmicas, abriria um horizonte mais promissor para o meu futuro.
Edifício na Rua Dr. Vila Nova, onde ficava localizado a FEA-USP e o seu Instituto de Administração, muito antes da sua transferência para o campus da USP. Os seus fundos tinham uma área comum com a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da mesma universidade
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7 de março de 2021
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: Comercial Básico e Técnico de Contabilidade, Cursos Secundários, empregos de menores, experiências de um Nikkei
Na educação secundária no Brasil, no passado, além do tradicional ginásio, havia cursos alternativos, entre eles o chamado comercial básico que era precário, mas ensinava o indispensável para que se pudesse trabalhar num escritório. A legislação da época previa uma Carteira de Trabalho de Menor, que permitia trabalhar desde os 14 anos. Com a conclusão do primário, sem um orientador educacional, localizei em São Paulo um curso, pois tinha facilidade para a matemática que eu pensava ser útil no comércio.
Isto facilitava empregos simples em estabelecimentos comerciais e agências bancárias, além de permitir prosseguir em cursos posteriores. Depois de alguns empregos de curta duração, acabei ingressando num banco de origem nikkei, pensando que o seu meio período de trabalho da época facilitaria cursos posteriores. Ledo engano, pois havia necessidade de muitas horas extras e eu tinha disposição para trabalhos intensos e longos.
Álvares Penteado, no Largo São Francisco, onde fiz o curso de Técnico de Contabilidade
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