28 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: apresentação em Boston, exposição em Kobe, trabalhos de Katsushika Hokusai, Ukiyo-e na Europa
Este site tem procurado divulgar como o Ukiyo-e influenciou a arte na Europa e acabou conquistando até os Estados Unidos e o mundo. Um artigo publicado agora por Matthew Larking no The Japan Times informa que uma exposição que está sendo realizada no Museu da Cidade de Kobe tem o nome “Hokusai do Museu de Belas Artes de Boston” irá até Kitakyushu e voltará para Tóquio no segundo semestre deste ano. Aquele foi o evento que reuniu em larga escala a produção artística japonesas em Boston em 1892, onde a produção de Katsushika Hokusai, que utilizou diversos nomes artísticos ao longo de uma extensa carreira, era um dos grandes destaques. A exposição no Japão apresenta uma rica retrospectiva de seu trabalho.
Segundo o autor, o Ukiyo-e poderia ser encontrado na Europa a partir de pelo menos 1795, no Cabinet des Estampes, na Biblioteque Nationale de Paris. Mas teria sido na década de 1850 que Felix Bracquemont (1833-1914) encontrou um livro ilustrado por Katsushika Hokusai (1760-1849), dos muitos que foram para a Europa, que chegou à França junto com um carregamento de porcelanas. “A grande onda”, o seu mais famoso trabalho, teria chegado à Europa no início da década de 1860, tendo ajudado no grande interesse despertado sobre a gravura japonesa na Europa. A exposição em Boston, nos Estados Unidos só ocorreria em 1892.
O ícone: Katsushika Hokusai de "A grande onda fora da costa de Kanagawa (Kanagawa-oki Nami-ura)" da série "Trinta e seis vistas do Monte Fuji (Fugaku Sanjurokkei) ‘(ca. 1830-1834) | WILLIAM STURGIS BIGELOW COLETA, 11,17652; FOTOGRAFIA © 2014 Museu de Belas Artes de Boston. TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. Publicado no The Japan Times
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27 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: artigo no site da Bloomberg, classe média chinesa contra a poluição, mudanças na China, protestos violentos
Uma inusitada manifestação da classe média chinesa acabou provocando um confronto com as forças policiais na China. Com os planos para a instalação de incineradores poluentes, a população da região, que havia comprado apartamentos nas proximidades, solicitou o seu cancelamento, no que não foi atendida. Acabou organizando uma manifestação que resultou neste confronto inusitado, mostrando ela está se organizando até para enfrentar o governo na defesa do futuro de suas crianças. Isto aconteceu em Hangzhou, mas tende a se propagar para outras localidades, colocando em risco a estabilidade social do atual governo de Xi Jinping. O assunto foi noticiado num artigo publicado no site da Bloomberg.
Todos sabem que o desenvolvimento acelerado da economia chinesa utilizando energias poluentes, como as geradas do uso do carvão mineral, além dos veículos poluentes, bem como indústrias que não providenciam despoluentes, está tornando o ar irrespirável na China, notadamente no inverno. A população está usando lenços como máscaras, mas seus benefícios são limitados. Muitos funcionários de empresas estrangeiras estão se negando a ser designados para trabalharem naquele país. O consumo de combustíveis menos poluentes, como o gás natural, ainda demandará muito tempo para alterar o quadro.
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27 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: artigo no The Washington Post, lamentável comportamento da indústria de alimentos, Michelle Obama engajado na melhoria da alimentação, problema da obesidade
Todos sabem que nos Estados Unidos um dos motivos importantes para o aumento da obesidade das crianças é a péssima alimentação servida nas escolas. Um artigo publicado por Tom Hamburger no The Washington Post informa que primeira-dama Michelle Obama está engajada na campanha para continuidade da melhoria que está se conseguindo, com o aperfeiçoamento dos alimentos serviços nas escolas. Há um lobby formado pelos fornecedores de pizzas congeladas e batatas fritas para que se flexibilize a legislação que se conseguiu, com uma diversificação dos alimentos, como uso de legumes e frutas, que infelizmente sofre resistência até das funcionárias que preparam estas refeições. Chega ao absurdo de desejarem que o molho de tomate usado nestas pizzas industrializadas seja considerado dentro da cota de legumes.
Fica-se indignado com a falta de consciência dos empresários e legisladores que pretendem tais flexibilizações induzindo as crianças para alimentações que fazem mal às suas saúdes. O fato concreto é que, no curto espaço de tempo em que a atual legislação está em vigor, os resultados já foram notórios, com a redução destas obesidades. É evidente que esta batalha das alimentações nas escolas serve de exemplo para a redução do chamado fast food, que faz com que as crianças consuman produtos inconvenientes, bem como refrigerantes com excesso de açúcar.
Michelle Obama em ação na campanha por uma alimentação mais saudável entre as crianças
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27 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: artigo do Carter Roberts do World Wildlife Fund no Foreign Affairs, maior projeto de conservação da floresta tropical, pouco divulgado no Brasil
Foi assinado em 21 de maio último um ato do governo brasileiro, por intermédio do Ministério do Meio Ambiente, para garantir a sustentabilidade de Unidades de Conservação da Amazônia que cobrem 15% da Amazônia brasileira. A ARPA – Áreas Protegidas da Amazônia receberá R$ 477 milhões (equivalente a US$ 215 milhões), que garantirá pelos próximos 25 anos o financiamento dos 60 milhões de hectares destas Unidades de Conservação, apoiadas pelo programa. Participaram da cerimônia representantes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Ministério para a Cooperação e Desenvolvimento Alemão (BMZ), do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), da Fundação Gordon e Betty Moore, da WWF – Brasil, do WWF dos Estados Unidos e do Global Environment Facility (GEF). Ou seja, entidades da maior importância nos esforços de preservação do mundo.
O ato pouco divulgado no Brasil foi objeto de um artigo escrito por Carter Roberts, o CEO do World Wildlife Fund, que tem uma parceria com o Brasil no ARP desde o início do programa em 2002. Veio desde a gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso e passou pelo presidente Lula da Silva, chegando à atual. O artigo publicado no Foreign Affairs menciona que beneficiará 150 milhões de hectares, uma área três vezes maior do que todos os parques nacionais dos Estados Unidos.
Ministra do Meio Ambiente e instituições parceiras anunciaram investimentos de R$ 477 milhões (US$ 215 milhões) no Programa de Áreas Protegidas da Amazônia. Foto: Divulgação/MMA
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25 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: artigo no The Japan Times, frangos e bovinos resistentes ao calor extremo, reconhecimento dos danos climáticos, trabalhos científicos
Acaba sendo de extrema ironia, pois o governo dos Estados Unidos está estimulando pesquisas científicas para animais como o frango ou o bovino tenham capacidade de resistir a elevadas temperaturas, segundo notícia publicada no The Japan Times. Em vez de se empenhar mais fortemente na redução do lançamento do carbono que está acelerando o aquecimento global, que ajudaria todo o mundo, os norte-americanos estão tentando conseguir frangos e bovinos, que consomem em grande quantidade, que sejam resistentes às altas temperaturas e às secas. A Universidade de Delaware está neste programa, com a orientação do cientista Carl Schmidt, que reconhece que a tarefa não é das mais fáceis.
Conseguindo cruzamentos com espécies mais resistentes, como algumas africanas, não estaria garantido que os seus sabores e nutrientes seriam equivalentes, além de demandar trabalhos de longo prazo. Com o uso de genomas, se isto for conseguido, haveria uma introdução de mais amargos nas carnes. Mesmo com os avanços da engenharia genética, não seria muito simples se atingir os objetivos perseguidos, segundo depoimentos de Carl Schmidt. Evidentemente as autoridades como Barack Obama, que deseja marcar o seu segundo mandato com trabalhos de sustentabilidade, não abandonariam as reduções de carbono, mas não desejam assumir metas claras para o país, num compromisso internacional.
Carl Schmidt, da University of Delaware
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25 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: ajuda de satélites, notícias do Japão, observações na atmosfera e na temperatura do mar, tecnologias preventivas para redução dos riscos
Os aumentos dos pontos de observação de fenômenos climáticos estão permitindo a redução dos riscos que eles podem provocar. O fenômeno El Niño já é conhecido há muito tempo, e hoje se sabe que causam problemas climáticos na Ásia como até na América do Sul, prejudicando as safras agrícolas com excessos ou carências de chuva. Também agravam ocorrências de tufões no Pacífico, e hoje existem satélites que podem antecipá-los de forma que a defesa civil de muitos países possam tomar medidas preventivas. Duas notícias publicadas no Japão antecipam o conhecimento destes problemas, que também podem ajudar na América do Sul como no Brasil.
Um artigo publicado por Masayuki Yuba no Nikkei Asian Review informa que está se formando o El Niño que dão indícios mais fortes no Sudeste Asiático e até no Pacifico e a seca deste ano pode ser mais rigorosa. Ainda que a Segunda Revolução Verde esteja preparando sementes como do arroz resistentes às reduções das chuvas, ainda a produção de cereais no Sudeste Asiático pode provocar a diminuição de sua oferta no mercado, que antecipando as dificuldades já estão pressionando seus preços na Índia como nas Filipinas. O fenômeno que pode chegar até as Filipinas tende a chegar até a América do Sul. Verifica-se que o aquecimento das águas, principalmente nas correntes marítimas do Oceano Índico até o Pacífico, indicam fortes possibilidades, que não costumam ser erradas, infelizmente. Informa-se que seja a mais forte dos últimos cinco anos, com a redução das chuvas em 5% com relação ao habitual.
An H-IIA rocket carrying a new mapping satellite lifts off from Tanegashima Space Center in Kagoshima Prefecture on Saturday. | KYODO
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25 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: ainda dependem de definições futuros da China, artigo de Yuriko Koike sobre os recentes acontecimentos asiáticos, considerar os Estados Unidos parte da Ásia seria um exagero
Se existe um exemplo de como políticos experientes também dão interpretações convenientes para suas posições sobre recentes acontecimentos internacionais, este é o caso do artigo publicado pela experiente Yuriko Koike. Ela é parlamentar japonesa e escreveu sobre os últimos fatos relevantes na Ásia no Project Syndicate, tendo já sido ministra da Defesa do Japão. Começa por lamentar o golpe militar ocorrido na Tailândia que poderia ter um futuro brilhante, mas o 39º golpe em algumas décadas obscurece o cenário asiático, denegrindo o futuro daquele país. Refere-se à reação do Vietnã para as pretensões da China, que sempre é o destaque asiático que deve ser batido, inclusive nos investimentos minerais efetuados em Myanmar.
Ela não poderia deixar passar despercebido o entendimento firmado entre a China e a Rússia referente ao fornecimento de gás. No caso, diante da criticável posição de Vlademir Putin com relação à Ucrânia, que gera desconfortos para o Ocidente, a interpretação adequada dela foi da China ter se aproveitado da Rússia, no momento em que Vladimir Putin precisava de suporte. Na sua interpretação, os chineses autoconfiantes se utilizaram da má gestão russa de assuntos como a anexação da Crimeia, para impor-lhe uma situação como de um vassalo, que acaba sendo uma expressão até ofensiva e jocosa para analistas internacionais.
Yuriko Koike
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24 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: caso de Josué Alencar da Coteminas, experiências de lições amargas, ponte do governo com o empresariado, tradição de José de Alencar
Existem casos de participação dos empresários na política para terem acessos às facilidades governamentais. E casos em que os empresários são procurados para se constituírem em pontes que podem se estabelecer entre o governo com o setor privado. É o caso de José de Alencar, da Coteminas, que foi procurado por Lula da Silva para ser seu vice-presidente para aumentar a credibilidade do PT – Partido dos Trabalhadores junto ao setor empresarial. Josué Alencar, este será o nome que vai utilizar o seu filho dada a sua força de comunicação, com as duras experiências por que passou na reorganização da Coteminas-Springer numa das conjunturas mais adversas em todo o mundo, como da dolorosa luta do seu pai contra o câncer que consolidaram a admiração com Lula da Silva e sua equipe, da qual faz parte a atual presidente Dilma Rousseff.
Conheci Josué de Alencar numa das poucas entidades empresariais legitimas, pois o IEDI – Instituto de Estudos do Desenvolvimento Industrial vive das contribuições das empresas e não dos impostos sindicais como muitos outros. Pode apresentar seus pontos de vista com total independência, tentando convencer a todos sobre os aperfeiçoamentos indispensáveis para que o setor industrial possa dar a sua contribuição para o desenvolvimento brasileiro. Com as duras experiências por que passou a Coteminas, num período em que de associou com a Springer norte-americana, num setor, que sendo tradicional como o têxtil, continua tendo um papel importante no atendimento da demanda da população, no Brasil e no exterior.
Josué Christiano Gomes da Silva. Foto: Jefferson Coppola/Folhapress
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21 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: acordo de fornecimento de gás russo para a China, discutido por décadas, firmado na presença de Vladimir Putin e Xi Jinping em Xangai, mudanças geopolíticas mundiais
Os principais jornais do mundo, e entre eles o The New York Times e o The Wall Street Journal, noticiam com destaque um inusitado acordo estimado em US$ 400 bilhões pelo qual a Rússia fornecerá gás natural da Sibéria para a China. Foi firmado em Xangai, na presença de Vladimir Putin e Xi Jinping, entre a russa OAO Gazprom e a China National Petroleum com validade para 30 anos. O acordo certamente modificará o quadro geopolítico mundial, onde o Ocidente se encontra fragmentado, com os Estados Unidos não conseguindo um comando forte de Barack Obama e a Europa hesitante, mesmo diante de grandes problemas como o aumento da influência russa na região da Ucrânia e seus antigos países membros da URSS – União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. As sanções impostas à Rússia pelos países ocidentais acabam parecendo insignificantes e não permitem mais mantê-la isolada. E o aumento das providências militares dos Estados Unidos diante do crescimento do poder da China na Ásia e no Pacífico acaba se enfraquecendo, inclusive as acusações da guerra cibernética.
A Europa é forte dependente do gás russo e a Alemanha continua sendo a principal consumidora desta energia fundamental. Diante dos problemas com a Ucrânia, havia necessidade de intensificar outros fornecimentos como do Oriente Médio. Mesmo reduzindo o fornecimento russo para a Europa, com a alternativa aberta para a China, a Rússia continuará contando com importantes divisas. De outro lado, os chineses enfrentavam graves problemas de poluição com o uso do carvão mineral, que sendo substituído pelo gás natural russo poderá sustentar o seu desenvolvimento menos poluente. Pode afirmar-se que os russos e os chineses ficaram menos vulneráveis às pressões do Ocidente de qualquer natureza.
Xi Jinping e Vladimir Putin selam acordo que muda a geopolítica global
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21 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: a correção cambial, desequilíbrios exagerados, influência dos fluxos financeiros, medidas restritivas
Todos sabem que o Brasil encontra-se numa situação em que sua indústria está sem condições competitivas, que não depende somente do câmbio valorizado. Desde o Plano Real, que conseguiu uma estabilidade monetária importante, o setor externo da economia brasileira veio sendo sacrificado, parte para ajudar na redução das pressões inflacionárias. O Brasil foi ajudado nas contas externas por um período da economia mundial onde as commodities agropecuárias e minerais alcançaram um preço elevado, dando a ilusão que haveria condições de contar com um elevado crescimento econômico, mesmo com as dificuldades do seu setor industrial que já tinha alcançado um razoável patamar de sofisticação.
Com a necessidade de manter uma elevada taxa de juros, o Brasil continua registrando o ingresso de um importante fluxo de recursos externos de natureza financeira, que mantém o câmbio sem uma grande desvalorização que seria necessária, ainda que suficiente para resolver todos os seus problemas. Além da importação de muitos bens que poderiam ser produzidos no país, continua contando com elevados gastos no turismo que chegam perto de US$ 1,5 bilhão mensal, onde muitos brasileiros usufruem as vantagens dos preços de serviços no exterior, como adquirem muitos produtos industriais que trazem para o Brasil como bagagens. As autoridades tomam medidas incipientes para coibir gastos, como dos cartões de crédito no exterior, elevando seus custos, e as bagagens dos turistas só podem ser examinadas por amostragens nos aeroportos. Os turistas brasileiros são considerados os melhores pelos norte-americanos.
Turistas brasileiros em Miami e Nova Iorque: gastos excessivos
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